Manejo tranquilo dos animais, usando bandeiras em vez de gritaria ou agressões, muda a vida (e a receita) de fazendas.
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Na Vale do Boi, em Araguaína TO, o manejo racional não é uma novidade na fazenda. Por cultura interna, há proibição de ferrão ou agressividade no curral. Mesmo assim, o criador Epaminondas de Andrade sentiu a necessidade de avançar com recomendações mais técnicas. No final do ano passado, em vez de mandar o grupo para um curso fora da fazenda, ele abriu as portas da propriedade para um evento sobre o tema com a participação de interessados da região.
A receptividade do seu pessoal foi positiva. Tanto que nos dois meses seguintes já houve reflexo no bolso pela redução de perdas com contusões e melhor andamento nos nascimentos. “Sempre fizemos as etapas de cura dos bezerros, mas com o treinamento assumimos o trabalho com mais tranquilidade”, reconhece Ricardo José de Andrade, filho de Epaminondas, que administra a fazenda do pai.
Porém, para alguns colegas de aula de outras fazendas não se viu a mesma resposta. “Falta determinação no pessoal. Dizem que não tem tempo e que vão tentar na próxima fase de vacinação”, relata Ricardo. “É como aquela pessoa que precisa fazer regime, mas sempre vai adiando”, compara.
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