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Campanha de vacinação contra febre Aftosa é lançada
O Estado do lançou na manhã de hoje, às 10 horas, na Fazenda Vale do Boi, município de Carmolândia, em comemoração aos 16 anos sem febre Aftosa a primeira fase da campanha contra a doença neste ano, que teve como tema “Tocantins sem febre aftosa: É na raça que a gente mantém essa conquista”. Todos os bovídeos do Estado devem ser vacinados até o dia 31 de maio, totalizando mais de 8 milhões de animais.
Durante o lançamento, que contou com a presença de autoridades, foram entregues 17 caminhonetes, oriundas de parceria entre Ministério da Agricultura e Governo do Estado. Os veículos devem ser utilizados pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) para reforçar o serviço da defesa sanitária e fiscalização do rebanho. Só no município escolhido para o lançamento existem 76 propriedades rurais e 134 produtores rurais.
Mais informações na versão impressa de amanhã do Jornal do Tocantins.
http://www.jornaldotocantins.com.br/20130504124.176963#04mai2013/economia-176963/estado_-_campanha_de_vacinacao_contra_febre_aftosa_e_lancada
Tocantins lança campanha oficial e comemora 16 anos sem febre aftosa
“Temos grande orgulho de executar as ações de Defesa Agropecuária e darmos a nossa parcela de contribuição ao Tocantins ”, disse o presidente da Adapec – Agência de Defesa Agropecuária, durante a abertura oficial da primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, que ocorreu na manhã deste sábado, 4, na Fazenda Vale do Boi, em Carmolândia. Na cerimônia, também foi comemorado os 16 anos livre da febre aftosa com vacinação.
O proprietário da Fazenda, Epaminondas de Andrade, afirma que a sua criação é exclusivamente de gado nelore, em torno de 3,5 mil cabeças, e um programa de melhoramento genético com diversas premiações. Para chegar a este patamar Epaminondas relata que seguiu todas as normas estabelecidas pelas legislações federais e estaduais. “Somos dedicados, o solo para o gado é corrigido, o manejo é racional, porque temos o maior respeito pela criação. Nisso está incluído também a vacinação contra febre aftosa, pois qualquer imprevisto pode por em risco não só o meu rebanho, mas de todo Brasil”, destacou.
Durante o pronuciamento, o presidente da Adapec, Marcelo aguiar Inocente, ressaltou as ações executadas por todos da cadeia produtiva pecuária que fez do Tocantins um destaque nacional em produtos de qualidade. “Os produtores rurais estão de parabéns por terem entendido a importância de vacinar o rebanho. Tenho certeza que esta campanha será um sucesso”, acrescentando que o Estado está de braços abertos para receber rebanho de outros estados, desde que seja sanitariamente igualitário, como prevê o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Além disso, falou da importância dos convênios firmados com o Mapa em parceria com o governo do Estado que permitirá a aquisição de computadores e camionetes, entre outros.
Na oportunidade, o vice-presidente da Faet – Federação da Agricultura e Pecuária, Paulo Carneiro, afirmou que a instiuição fará doação de vacinas contra a febre aftosa aos sindicatos rurais do Estado e as cidades que não tem sindicatos, as doses serão enviadas para as prefeituras.
Em 2012 o Tocantins exportou 37 mil toneladas de carnes, produtos e subprodutos, num total de arrecadação de U$ 161,88 milhões de dólares. O superintendente Federal da Agricultura, Jalbas Aires Manduca, falou da importancia economica de estar livre da febre aftosa com vacinação e da luta da região Nordeste em busca da melhoraria do status sanitário. “Digo aos produtores, não vacilem, temos de manter nosso status, que foi uma conquista conseguida a duro sacrifício”, disse.
Para o secretário da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Jaime Café, a campanha será um sucesso, com o empenho de cada produtor tocantinense que faz e fará a sua parte. “Agradeço aos colaboradores da Adapec que tem feito seu papel de maneira extraordinária e do compromisso dos produtores rurais que estão engajados nesta luta”, disse. Na ocasião, o secretário anunciou a criação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da Adapec. “O governador Siqueira Campos determinou que até o final do mês a minuta esteja pronta e no momento adequado encaminhará a Assembleia Legislativa”.
O vice-governador do Estado, João Oliveira, enalteceu o comprometimento da Agência e a conscientização dos produtores rurais em manter o estado livre da febre aftosa. “É importante termos o apoio técnico, vigilante para nossos produtores poduzirem cada vez mais. A vacinação é a garantia da sanidade animal, por isso devemos colaborar com a garantia da saúde animal e da população”, disse.
Também participaram do evento, o prefeito de Carmolândia, Sebastião Bastin, o Secretário de Desenvolvimento Agrário e Regulação Fundiária, Irajá Abreu, o Deputado Estadual, Osires Damaso, a Deputada Estadual, Amália Santana, o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas e demais autoridades.
Entrega de camionetes
Durante o evento, foi entregue 17 camionetes modelo L 200 triton em uma parceria entre o Mapa e o governo do Estado, por do convênio nº 771213 da área vegetal e convênio nº 771224 da área animal. Os carros servirão para fortalecer as ações de Defesa, Inspeção e Sanidade Animal e Vegetal em todo o Estado.
Campanha
A primeira etapa da campanha acontece entre os dias 1º e 31 de maio. Neste período todos os bovídeos devem receber a dose da vacina, indiferente da faixa etária. Após vacinar o gado, o produtor tem até 10 dias para declarar o ato, nas unidades da Adapec, onde sua ficha cadastral é movimentada. É preciso levar a nota fiscal da vacina e a Carta-aviso com dados de todos os animais da propriedade.
Para produtor que deixar de vacinar a multa é de R$ 5,32 por cabeça de animal e R$ 127,69 por propriedade não declarada. É importante ressaltar que a partir do dia 1º de maio, para emissão da GTA – Guia de Trânsito Animal é preciso comprovar a vacinação, pois o transporte ilegal sem a guia gera ao produtor multa de R$ 42,56 por cabeça de animal e R$ 127,69 ao transportador, além das sanções previstas na Lei.
http://www.adapec.to.gov.br/noticia.php?id=897
Tourinho bem alimentado, mais bezerros no pasto.
Revista DBO nº 371 – Setembro/2011
Especial – Genética e Reprodução
Nutrição
Na formulação do programa nutricional dos reprodutores, recomenda-se evitar o aporte de energia em excesso, por ser prejudicial ao seu desempenho.
A nutrição é um dos fatores que mais influi no desempenho reprodutivo, não apenas das fêmeas, mas também dos touros – e estes nem sempre recebem a atenção devida. Segundo o veterinário Fernando Galvani, da VetPlus Assessoria em Genética e Reprodução, com sede em Marabá, PA, os machos candidatos a reprodutores devem ser alimentados adequadamente desde a desmama, para que cheguem à puberdade mais cedo e produzam mais bezerros.
Restrições severas na fase de recria podem causar atrofia testicular. Em reprodutores jovens (18 meses), a subnutrição reduz a produção espermática em até 15%. Comida em excesso também prejudica o desempenho do touro a pasto. “Não se mede genética por meio de gordura ou peso, e sim com DEPs. O touro deve ser alimentado na dose certa, apenas para expressar o seu potencial”, diz Galvani.
Fazendas com bom manejo alimentar de reprodutores os suplementam na seca pósdesmama e realizam o seu preparo pré-estação de monta. Algumas preferem tratá-los desde a fase de lactação, por meio de creep feeding, até à época de venda. “Não existe regra. Cada fazenda deve desenvolver o seu programa nutricional, conforme o sistema de produção”, diz o consultor da VetPlus. O peso considerado como referência para tourinhos da raça Nelore é 600kg aos 20-24 meses. “Se o vendedor diz criar animais a pasto, adaptados para cobertura a campo, e os oferece com peso muito acima desse patamar, é bom desconfiar, porque algo está errado”, adverte Galvani.
ESTRATÉGIAS – Na Fazenda Vale do Boi, do selecionador Epaminondas de Andrade, em Carmolândia, TO, os bezerros candidatos a tourinhos são suplementados com proteinado de baixo consumo durante a seca, que se segue à desmama, na proporção de 0,1% do peso vivo, ou cerca de 200g/cab/dia. Quando chegam as chuvas, em outubro/novembro, eles são transferidos para pastagens rotacionadas de braquiarão ou mombaça e recebem sal energético. “O período das águas é muito importante, pois temos o vento a nosso favor, ou seja, todas as condições são favoráveis ao desenvolvimento dos animais. É preciso tirar máximo proveito disso”, diz Ricardo José de Andrade, filho de “seu” Epaminondas e administrador da fazenda.
Nas águas, os novilhos deslancham, ganhando de 800g a 1 kg/cab/dia, conforme atestam as pesagens regulares. Quando chega a seca seguinte, já pré-estação de monta, eles começam a ser preparados para a venda, com o fornecimento de ração concentrada com 18% de proteína, no próprio piquete, durante 90 dias, em níveis moderados, de 500 g/cab/dia, para que cheguem aos 24 meses com o peso ideal. “Se a demanda por tourinhos está alta, elevamos a suplementação para 1 kg/cab/dia, de forma a melhorar rapidamente sua condição corporal e vendê-los aos 21-22 meses, logo após o término das avaliações do PMGZ – Programa de Melhoramento Genético da Raça Zebuína, conduzido pela ABCZ. Se o mercado não está bom, tiramos a ração. Se o estoque acaba, voltamos a suplementar. Para cada situação, recorremos à estratégia mais indicada”, diz Ricardo.
Já os animais que vão ser ofertados no shopping da fazenda, em junho, são submetidos a outro programa nutricional. Cerca de 90 dias antes do evento, os tourinhos passam a receber 1% do peso vivo em ração, ou cerca de 5 kg/cab/dia. Como permanecem no pasto, também recebem um pouco de forragem picada, para evitar que rapem o capim. O shopping é a principal vitrine da Vale do Boi. Nele são ofertados os 100-120 tourinhos mais bem avaliados a cada ano. A fazenda, de 1.800 ha, conta com um plantel de 1.000 matrizes PO e tem quatro touros, entre os 20 melhores raçadores Nelore, com destaque para Imperador VB da Vale, terceiro lugar no Índice de Qualificação Genética do Sumário Embrapa/ABCZ 2011.
FORÇA DO VISUAL – O objetivo do tratamento pré-venda, segundo informa Ricardo Andrade, é melhorar a aparência do tourinho e valorizar a sua genética. “O comprador escolhe muito pelo visual. Mesmo guiando-se pelas DEPs e outras medidas genéticas, se o touro está mais enxuto, ele não compra”, diz.
A superalimentação, contudo, é prática proibida na Vale do Boi. Ao chegar à fazenda do comprador, cerca de 90% dos tourinhos da marca são levados diretamente para o pasto, para cobrir a vacada, e se adaptam às condições rústicas de campo. “Monitoramos o seu desempenho pós-venda. Em 30 anos de seleção, tivemos de trocar somente quatro reprodutores”, afirma Ricardo.
Pela experiência do veterinário Galvani, ninguém compra touro de tipo atlético, só músculos. Em geral, escolhe-se o macho de estrutura corporal mais avantajada, porque se associa a ela a capacidade de transmitir peso ao bezerro. “Como não há treinamento para se comprar um bom reprodutor, o comprador é fisgado pelo olho. É preciso escolher aquele que melhor atende o sistema de produção da fazenda”.Uma prática arriscada, adverte, é investir na compra de um touro jovem tratado em baia com ração, pois ele não está acostumado às condições de campo. “Em consequência, sentirá muito o peso do serviço e poderá desmanchar, ou seja, perder condição corporal rapidamente”. Também não é bom um animal abaixo do padrão: “Um touro de dois anos, com peso de 450 kg, pode não cobrir direito as vacas”, alerta Galvani.
Ao pecuarista que não dispõe de olhar treinado, o veterinário recomenda que contrate um técnico para auxiliá-lo na compra. Outra recomendação é informar-se, junto ao vendedor, sobre o programa nutricional utilizado na preparação do animal. Se ele passou a seca perdendo peso, por exemplo, e depois foi alimentado no cocho com muita ração, por período relativamente prolongado, deve receber, ao chegar à fazenda, um tratamento diferenciado – cobertura de um número menor de fêmeas, suplementação de manutenção etc. Caso contrário, se for colocado para cobertura em pasto pobre, sem trato algum, poderá sofrer muito. “O ideal é monitorar a sua condição corporal ao longo da estação de monta (leia sobre cuidados como touro jovem no quadro ao lado)”, diz Galvani.
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Cuidados com o tourinho
Os touros recém-adquiridos, ou de primeiro serviço, devem receber tratamento especial, para que cheguem ao final da estação de monta em boa condição corporal. A seguir, alguns cuidados básicos, recomendados por técnicos:
• Colocar os tourinhos em companhia de novilhas, ou de um número menor de vacas, em comparação com os reprodutores adultos, pois eles têm alta libido e se cansam rapidamente, devido ao excesso de coberturas, muitas não conclusivas. Se o lote de fêmeas for grande, a taxa de prenhez poderá resultar baixa.
• Monitorar a sua condição corporal, com a leitura de escore corporal, ou pesagens, antes e depois da estação de monta, para detectar eventuais desgastes, que afetem a produção espermática. Caso haja perda de massa muscular, o animal deve ser suplementado.
• Não misturar touros jovens com adultos, pois estes são dominantes e podem agredi-los, restringir o seu acesso à água e aos alimentos e prejudicar o seu desempenho sexual, impedindo os de cobrir as vacas.
• Para evitar a perda de muito peso durante a estação de monta, o animal deve ser suplementado 30 dias antes de entrar em serviço e durante o período de cobertura. Após o término dos trabalhos, deve ser examinado, para verificação de eventuais problemas físicos.
Obesidade x desempenho
O fornecimento de dietas muito energéticas leva ao acúmulo de gordura no tecido escrotal, o que impossibilita a perda de calor nos testículos e provoca desequilíbrio na síntese de testosterona e na produção de sêmen. Pesquisas realizadas com dietas de baixo, médio e alto nível energético mostraram que os animais superalimentados apresentaram menor produção espermática e problemas nas articulações, que dificultam a monta.
Para produzir uma quantidade adequada de esperma, o touro demanda um aporte energético apenas 5%-10% acima dos níveis de manutenção, necessidade menor do que as de um animal em crescimento, por exemplo. Portanto, não convém exagerar na sua alimentação. O correto é mantê-lo com escore corporal 3 ou 4, numa escala de 1 a 5, condição adequada ao seu bom desempenho.
http://issuu.com/revistadbo/docs/dbo_371
Risco para a tropa
Revista DBO nº 370 – Ago 2011
Pastagens | Manejo
Surtos de cólicas em equídeos após ingestão de capins do gênero Panicum dizimam os animais de serviço na região Norte.
Prejuízos gerados por surtos de cólica em equídeos no bioma amazônico continuam a preocupar pecuaristas e pesquisadores. Ao pastejar áreas de Panicum maximum, como Massai, Mombaça e Tanzânia, na época da rebrota, os animais apresentam quadro de cólica aguda e parte deles morre horas depois. Embora os primeiros casos tenham sido registrados em 2001, ainda não foi identificado o agente causador. Sabe-se apenas que as complicações surgem na época das chuvas, principalmente no início do período, quando ocorre a rebrota, em Estados do Norte, como Acre, Maranhão, Pará, Amazonas, Tocantins e norte do Mato Grosso.
Os sintomas são semelhantes aos das cólicas comuns. Os equídeos apresentam timpanismo e dilatação abdominal, gerados pela parada dos movimentos intestinais e pela alta produção de gases. As mucosas congestionam-se e, em alguns casos, ocorre refluxo nasal. Devido às fortes dores, alguns animais contorcem-se no solo, enquanto outros permanecem em posição conhecida como de “cão sentado”.
O tratamento consiste em retirar a tropa do pasto imediatamente e aplicar analgésico. A seguir, estimulam-se os animais a andar, o que auxilia no funcionamento do intestino. Em casos graves, intervem-se com a introdução de uma sonda no aparelho respiratório, a fim de reduzir a pressão abdominal. “O emprego da sonda traz bons resultados, e, sob a orientação do veterinário, qualquer pessoa pode executar o procedimento”, afirma José Diomedes Barbosa Neto, pesquisador da UFPA Universidade Federal do Pará. Depois de adotados esses procedimentos, a taxa de mortalidade caiu de 60% para 40%.
Diomedes, que há oito anos coordena pesquisas sobre o tema, estima que 30 mil animais entre cavalos, burros e jumentos, morreram nos últimos 10 anos, em decorrência dos surtos de cólica. O número elevado preocupa pecuaristas da região, que se têm ressentido da carência de tropa de serviço. Em 2008, em apenas um dia, a Fazenda Vale do Boi, de Carmolândia, no norte do Tocantins, perdeu 16 animais, entre muares e equinos. “Conseguimos salvar a maioria com a medicação e os tratos, mas o prejuízo foi grande”, diz o proprietário Epaminondas de Andrade. Quem atendeu o caso foi o médico veterinário Marco Augusto Giannoccaro da Silva, da Universidade Federal do Tocantins. “Naquele ano, socorri mais de 100 animais. Foi um período de altos índices de surtos na região”.
Neste ano, o fazendeiro Ricardo Alonso, da Fazenda Elge, em Paraíso do Tocantins, teve um prejuízo superior a R$ 30.000 com a morte de animais da tropa. “Eu havia acabado de comprar algumas matrizes, R$ 1.500 reais por cabeça”, afirma ele.
SINAIS – É forte a suspeita de que o problema esteja associado à ingestão do capim Massai. O Massai é uma das três cultivares de Panicum desenvolvidas pela Embrapa Gado de Corte, de Campo Grande, MS.A instituição iniciou as pesquisas sobre essas gramíneas em 1982, para oferecer melhores opções aos pecuaristas. Foram lançados o Tanzânia, em 1990, e o Mombaça, em 1993. Devido à susceptibilidade de diversos cultivares ao ataque da cigarrinha-das-pastagens, a Embrapa lançou em 2001 o Massai, resistente a ela, depois de ter realizado pesquisas em sete Estados: Acre, Piauí, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Tocantins, Rondônia e Distrito Federal. Graças às suas características de rápida brotação no início das chuvas e de ótima cobertura de solo, a cultivar difundiu-se rapidamente.
Informados do problema, pesquisadores da Embrapa, em workshop realizado em 2009, lançaram o Comunicado Técnico 114, no qual advertem que em regiões de ocorrência da enfermidade, deve evitar-se, durante a época chuvosa, o pastejo exclusivo por equídeos das três cultivares de Panicum.
Valdemir Antônio Laura, chefe-adjunto de pesquisas e desenvolvimento da Embrapa Gado de Corte, enfatiza que a recomendação é não alimentar equinos com monocultura dessas variedades. Na página da Embrapa na internet sobre a a cultivar Massai, porém, não se faz ressalva para o seu uso por equinos na região amazônica. O texto encerra coma seguinte recomendação: “Preferencialmente para bovinos, ovinos caprinos e equinos”.
FALTA DE RECURSOS – O pesquisador Diomedes, observa que faltam recursos e pessoal para pesquisar sobre o problema. Ele informa que o projeto intitulado “Estudo da etiologia e de métodos profiláticos da cólica em equídeos pela ingestão de Panicum maximum no bioma amazônico” recebeu apenas R$ 120.000, dos R$ 400.000 necessários. Depois de ter pesquisado o problema por oito anos, ele levanta três hipóteses para a sua ocorrência, sendo amais provável a presença no capim Massai de saponinas, que são agentes do metabolismo secundário vegetal semelhantes a bactérias, caracterizados pela formação de espuma no tecido da planta, responsáveis pela intoxicação. “O trabalho perdeu consistência, porque sem recursos a reprodução do capim não pode ser feita no ambiente de seu crescimento em diferentes regiões, como a pesquisa exige”, lamenta.
Uma outra hipótese, segundo a pesquisadora Valíria Cerqueira, é a suspeita de que o clima amazônico transforma os carboidratos do capim em frutanas, um tipo de carboidrato de fácil digestão, que seria responsável pelo excesso de gases emitidos. O pesquisador Franklin Riet Correa, da UFCG – Universidade Federal de Campina Grande, PB, também investiga essa hipótese. “O problema pode ser causado pelos carboidratos facilmente fermentáveis. Mas a pesquisa requer muito tempo”, observa. Assim como no caso das saponinas, são necessárias áreas de cultivo para experimento em diferentes regiões e verbas para o projeto. A ausência de recursos deixou a pesquisa de Cerqueira estacionada.
Além dessas hipóteses, os pesquisadores levantam uma terceira – a existência de microrganismos endofíticos – fungos e bactérias – nos capins, responsáveis pela produção de alcalóides tóxicos. Porém, inexiste projeto de pesquisa que se ocupe dela.
Pesquisa registra problema semelhante em bovinos
Sintomas semelhantes aos manifestos em equinos foram identificados em bovinos sobre pastagens de Panicum na região amazônica. Levantamento feito em rebanhos leiteiros pelo pesquisador Franklin Riet Correa, da Universidade Federal de Campina Grande, PB, entre janeiro e maio de 2011, no município de Ourem, no nordeste do Pará, registra a sua ocorrência. Em experimento relatado por Franklin, por três vezes os animais foram retirados do capim Tanzânia, para evitar perdas na produção leiteira, depois de sete deles terem adoecido no início de janeiro. Exames identificaram a ocorrência de distensão abdominal. Detectou-se também a parada dos movimentos intestinais e a presença de excesso de gás no intestino. Apenas um animal apresentou cólica, e alguns tinham as fezes mais secas e outros, fezes pastosas em grande quantidade. “Percebe-se que os animais deixam de se alimentar devido à enfermidade”, diz o pesquisador.
Depois de identificado o problema, os animais foram retirados do Tanzânia e reinstalados no mesmo pasto, uma vez recuperados. No início de maio, outros cinco animais apresentaram sinais clínicos da enfermidade e foram retirados, mas se recuperaram-se em até quatro dias. No final do mês, outros sete animais voltaram a apresentar os mesmos sintomas, após oito dias de pastejo. Para Correa, isso é sinal evidente de que o Panicum também pode afetar os ruminantes. “O problema ocorre também em bovinos, mas em menor escala do que em equinos”, conclui Correa.
A pesquisa leva à suspeita de que a rotação nos piquetes, de 28 dias, fez com que os animais sempre consumissem o capim em brotação, período coincidente com o de índices mais elevados de cólica em equinos. A sugestão ao pecuarista é que espere um pouco mais até o capim amadurecer e evite o pastoreio do gado durante a rebrota.
Surto semelhante foi observado também em pastagens de Mombaça, no Pará, em abril. Ao serem introduzidos empastagens em brotação, bovinos de diferentes idades apresentaram sintomas semelhantes aos registrados no gado leiteiro de Pombal. Na primeira área, dezoito vacas, de um total de 60, apresentaram o problema, e o mesmo ocorreu em 60 garrotes de um lote de 140, quatro dias após terem sido introduzidos em pastagem de Mombaça na fase de rebrota.
Além do Mombaça, o Massai também apresentou problemas em bovinos. Na Fazenda Vale do Boi, no Estado de Tocantins, o proprietário Ricardo Andrade observou uma que da acentuada na taxa de prenhez em vacas e novilhas mantidas em pastagem de Massai. Em novembro de 2008, nenhuma de suas 40 matrizes emprenhou, depois de alimentadas exclusivamente com Massai. “É estranho, pois tanto o touro quanto as matrizes apresentaram bons índices em anos anteriores”, diz Ricardo. No ano seguinte, ele colocou um outro lote de 40 vacas, com outro touro, no mesmo pasto, para avaliar o resultado. A taxa de prenhez ficou em 12%, abaixo da média de 80% registrada nas demais áreas da fazenda. Em 2010, a área de Massai deixou de ser utilizada para alimentação de gado em reprodução. “Estamos substituindo por Mombaça, que sempre nos ofereceu bons resultados”, informa Ricardo.
http://issuu.com/revistadbo/docs/_.dbo_370_ago
Araguaína recebe edição especial da Caravana Acelera Tocantins nesta segunda-feira
As ações de Governo, levadas pela Caravana Acelera Tocantins, chegarão de forma emergencial à cidade de Araguaína, nesta segunda-feira, 3, quando o governador Carlos Gaguim (PMDB) cumprirá seus primeiros compromissos oficiais após a viagem à China. A Caravana ficará um dia inteiro no município inaugurando obras e liberando recursos. A principal iniciativa, que é bastante aguardada, pela população é a Força Tarefa do Dertins que vai recuperar ruas e avenidas de Araguaína, numa parceria com a prefeitura local.
O trabalho da Caravana começa às 7h40, com uma visita às obras da Estação de Passageiros e às instalações da Fundação de Medicina Tropical de Araguaína. Logo em seguida, por volta das 8h30, na sede da prefeitura de Araguaína, no gabinete do prefeito Valuar Barros, o governador assina os atos de liberação de emendas parlamentares e assina convênios com a prefeitura para a execução de obras e programas como os Pioneiros Mirins. Ainda no período da manhã, Carlos Gaguim inaugura um Telecentro Comunitário.
Por volta das 9h, o governador aciona as máquinas da Força Tarefa, na Avenida Dom Emanuel, bairro Senador, próximo ao Parque de Exposição Agropecuária. Em seguida, haverá a inauguração da Sala de Armas e o Lavajato na sede do 2º BPM – Batalhão da Polícia Militar.
Na sede dos Pioneiros Mirins, às 9h45, o governador realiza o plantio de mudas e faz pronunciamento à população de Araguaína. Logo após, na Escola Estadual José Alves de Assis, os estudantes recebem a cobertura da quadra poliesportiva e um parque de diversões. Também será inaugurado o Centro de Reabilitação.
No período da tarde, iniciando por volta das 14h, a Caravana retoma as ações emergenciais na cidade com o início da recuperação de vias públicas no bairro São Miguel e conjunto Patrocínio. Às 16h, o governador visita a Plataforma Multimodal da Ferrovia Norte-Sul. A população também recebe do Governo o Centro Regional da Juventude e um Ponto de Cultura.
Agenda extra
A Caravana Acelera Tocantins em Araguaína terá uma pausa por volta das 11h30 da manhã, para a abertura oficial da 1ª Etapa da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa. O evento ocorre na fazenda Vale do Boi, no município de Carmolândia, a cerca de 30 km de Araguaína.
No período da noite, por volta das 20h, o governador participa da inauguração do Sistema de Retransmissão da Record News, canal 55 UHF. Em seguida, Carlos Gaguim participa de reunião com empresários locais, na sede da Fieto, em Araguaína.
Já na terça-feira, 4, o governador e comitiva visitam as instalações do Frigorífico Minerva, antes do retorno a Palmas, previsto para o final da manhã. (Da Secom).
http://www.portalct.com.br/n/f71199406cedc23a831f01600e282855/araguaina-recebe-edicao-especial-do-acelera-tocant/
Governador do TO lança oficialmente campanha de vacinação antiaftosa
O governador Carlos Henrique Gaguim assumiu o papel de juiz de futebol e soou o apito iniciando oficialmente o jogo contra a Febre Aftosa no Tocantins. O lançamento, que contou com a participação de diversos produtores rurais, autoridades e empresários, ocorreu na manhã desta segunda-feira, dia 3, na fazenda Vale do Boi, no município de Carmolândia, região Norte do Estado.
A primeira etapa da campanha de 2010 está no ritmo do Mundial de Futebol e o tema é “Adapec e Produtores em campo contra a Aftosa”. Nela, os produtores devem partir para o ataque e imunizar todos os bovídeos (bovinos e bubalinos) até dia 31 de maio. A expectativa é que mais de 7 milhões de animais sejam vacinados contra a doença, que causa grandes prejuízos econômicos.
“É muito importante continuarmos vacinando nosso rebanho contra a febre aftosa porque assim manteremos nosso status de área livre e poderemos expandir ainda mais os mercados consumidores de carne, seus produtos e subprodutos”, disse o governador na ocasião.
“O sucesso das campanhas depende da participação ativa de todo produtor rural, que vacina seus animais contra a febre aftosa que é muito perigosa e causa grandes prejuízos econômicos”, comentou o presidente da Adapec, José Luciano Azevedo Carlos.
Há 40 anos no ramo da agropecuária, Epaminondas de Andrade, 73 anos, explica a importância da vacinação para a economia brasileira. “Precisamos erradicar a febre aftosa do País e a vacinação é o único caminho. O Tocantins segue com este propósito. O lançamento da campanha é um estímulo para acordar aqueles que estejam distraídos para a imunização”, disse o proprietário da fazenda Vale do Boi, que recentemente recebeu prêmio da MPE Brasil pela qualidade na gerência.
Dispensa
Serão liberados da vacinação aqueles animais destinados ao abate até 60 dias após o fim da campanha. Neste caso, o produtor deve assinar um termo de compromisso junto à Adapec, marcando a data do abate.
Comprovação
Depois de vacinar os animais, o produtor tem até dez dias para comprovar o ato. Para tanto ele deve apresentar a nota fiscal da compra das vacinas e a carta aviso, com os dados dos animais como idade e sexo.
Penalidades
E existem penalidades para aqueles que cometerem falta no campeonato de vacinação. A multa é de R$ 5,32 por cabeça de animal não vacinado e R$ 127,69 por propriedade rural não declarada.
GTA
http://www.agrolink.com.br/noticias/NoticiaDetalhe.aspx?codNoticia=109631
Em visita à Fazenda Vale do Boi, governador afirma que meta é industrializar Tocantins
O governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) visitou nesta segunda-feira, 3, a Fazenda Vale do Boi, no município de Carmolândia, a 23 km de Araguaína, onde acontece a 5º etapa da Caravana Acelera Tocantins. Na ocasião, o governador iniciou a abertura oficial da 1ª etapa da vacinação contra a febre aftosa do Estado. Na mesma fazenda discursaram o governador, o presidente da Agência de Defesa Agropecuária (Adpec), José Luciano Azevedo e o proprietário Fazendo de Epaminondas Andrade.
O governador Gaguim aproveitou a oportunidade para anunciar alguns de seus projetos para o setor agropecuário do Estado. Segundo ele, após suas viagem à China foi possível perceber a “importância” da “potencialidade agropecuária do Tocantins”.
“Eles precisam de alimentos, arroz, feijão, milho e nós colocamos o Tocantins aberto ao investimento deles. E não vamos apenas vender, vamos também industrializar o nosso Tocantins”, declarou o governador.
Acompanharam Gaguim na Fazenda Vale do Boi o vice –governador Eduardo Machado (PDT), o senador Leomar Quintanilha (PMDB), o deputado federal Osvaldo Reis (PMDB) o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB), o prefeito de Araguaína Valuar Barros (DEM) e os deputados estaduais Josi Nunes (PMDB), Iderval Silva (PMDB), Sandoval Cardoso (PMDB), César Halum (PPS), Eduardo do Dertins (PPS) e Raimundo Palito (PP).
http://www.portalct.com.br/n/4fc1b5ade9a89f634ee9a61714ce9964/em-visita-a-fazenda-governador-afirma-que-meta-e-i/
Começa neste sábado vacinação contra aftosa no Tocantins
Neste sábado,1º de maio, soa o apito inicial de mais um jogo decisivo contra a febre aftosa no Tocantins. A primeira etapa de vacinação da campanha de 2010, denominada “Adapec e produtores em campo contra a Aftosa” segue até dia 31 de maio e deve imunizar todos os bovídeos (bovinos e bubalinos), independentemente da idade. Mais de 7,5 milhões de animais deverão receber as doses da vacina antiaftosa.
O lançamento oficial da campanha será realizado nesta segunda-feira, dia 3, às 9h, pelo governador do Estado, Carlos Henrique Gaguim. O evento será realizado na Fazenda Vale do Boi, do produtor Epaminondas Andrade, a 30 km de Araguaína, região Norte do Estado.
O presidente da Adapec, José Luciano Azevedo, convida os produtores da região Norte para participar do evento, que promete marcar o início da vacinação dos animais no Tocantins. “Realizamos o lançamento das campanhas em cada etapa para chamar a atenção do produtor para a importância da vacina. O sucesso é comprovado com os recordes de imunização e esperamos contar de novo com o apoio do produtor rural”, disse o presidente.
GTA
Para que todos participem do campeonato de vacinação contra a doença, a partir de 1º de maio só será emitida GTA – Guia de Trânsito Animal (documento obrigatório para o transporte de animais) para aqueles bovídeos que já receberam a dose da vacina e cumpriram carência. Para quem recebeu a primeira dose o período de carência é de 15 dias, ficando proibido o transporte. Segunda dose é de sete dias e terceira vacina em diante não precisa cumprir carência.
Após a vacinação, o pecuarista deve comprovar o ato junto ao escritório da Adapec onde sua propriedade é cadastrada. Na ocasião, deve apresentar a nota fiscal da compra das doses e a carta aviso, com os dados do rebanho como sexo e idade. “As informações são lançadas no sistema on line de GTA – Guia de Trânsito Animal e formarão o perfil estadual do rebanho tocantinense”, explica o diretor de Defesa Animal, José Emerson Cavalcante.
Penalidades
O produtor que descumprir as determinações será penalizado com multa no valor de R$ 5,32 por animal não vacinado e R$ 127,69 por propriedade não comprovada. Se os animais forem transportados sem a Guia de Trânsito Animal, a multa para o produtor é de R$ 42,56 por cabeça e R$ 127,69 para o transportador. (Da Secom).
http://www.portalct.com.br/n/95dd62744b05dbe3d831e7b4e6b1274c/comeca-neste-sabado-vacinacao-contra-aftosa-no-toc/
Missão européia visita a Vale do Boi
Diário do Senado Mar 2003
O Senador Eduardo Siqueira Campos fala da visita da missão européia na Vale do Boi
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Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, desde o ano passado o nosso Estado foi reconhecido internacionalmente como uma zona efetivamente livre da área de aftosa. Isso é por demais importante para a nossa população e para os nossos produtores.
Congratulo-me com nossos produtores rurais, com sua associação e com a nossa Federação da Agricultura do Esta do do Tocantins, que é presidida pela Deputada Federal Kátia Abreu. S. Exª, recentemente, foi reeleita com a maior votação do nosso Estado, é uma grande líder rural, empresarial, e já esteve fora do nosso País representando o Estado de Tocantins quando da obtenção desse certificado de zona livre de aftosa. Agora participa, juntamente com as autoridades tocantinenses, dessas reuniões, dessas inspeções e dessas visitas que as missões européias estão fazendo no Estado do Tocantins.
A primeira reunião será em 13 de março, pela manhã, na Delegacia do Ministério da Agricultura, onde as autoridades da Adapec farão uma apresentação à missão européia. O escritório da nossa agência de defesa na cidade de Araguaína também receberá visita semelhante, dessa missão européia, na Fazenda Vale do Boi, no Município de Carmolândia, cidade que tem o nosso jóvem Prefeito Severino. Toda a região está muito ansiosa por essa visita que se dará em fazendas dos Municípios de Goiatins e Couto Magalhães. O resultado dessa visita é que o Estado do Tocantins terá todo o seu gado de corte e seus frigoríficos aprovados para a exportação de seus produtos ao Mercado Comum Europeu. Teremos ainda a visita de uma missão russa.
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