Mais de 250 pessoas passaram pelo evento que movimentou este ano mais de R$ 490 mil
O Shopping Vale do Boi, o primeiro evento de negócios da 45ª Exposição Agropecuária de Araguaina – EXPOARA 2013, superou a meta dos organizadores e movimentou R$ 493.570 na venda de reprodutores e matrizes Nelore com avaliação genética no Programa de Melhoramento Genético dos Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). A média geral de vendas ficou em R$ 5.946 e a de touros PO em R$ 6.576. Cerca de 258 pessoas estiveram no evento durante o sábado, dia 25 de maio, na Fazenda Vale do Boi.
Criadores do Pará, Maranhão e Tocantins avaliaram o evento como positivo para a pecuária regional. “Todos os anos prestigiamos o evento porque sabemos que iremos encontrar qualidade. E, além disso, os animais da Vale (do Boi) são diferenciados porque são adaptados ao nosso clima e características locais”, afirmou o comprador Reginaldo Dias, de Carolina, no Maranhão.
Segundo um dos organizadores do evento, Epaminondas de Andrade, o Shopping foi um sucesso devido à qualidade do rebanho oferecido pela fazenda. “Mesmo com a incerteza que vivemos na pecuária, conseguimos superar nossas metas através da qualidade e credibilidade de nossos produtos”, finalizou Andrade.
A Fazenda se localiza na Rodovia TO-164, município de Carmolândia-TO (norte do estado do Tocantins), próximos ao sul dos estados do Pará (PA) e Maranhão (MA).
A Fazenda
A Vale do Boi vem produzindo e comercializando reprodutores e matrizes Nelore de alta qualidade genética há mais de 30 anos. Busca permanentemente melhorar a capacidade de seus produtos em transmitir precocidade, rusticidade, fertilidade e rendimento de carcaça, características essenciais para melhorar da rentabilidade dos rebanhos de seus clientes.
O resultado do programa de melhoramento genético, da aplicação de tecnologia e modernas práticas de manejo são demonstrados através dos excelentes resultados obtidos no Sumário Nacional de Touros Raça Nelore (ABCZ/Embrapa), Certificado Especial de Produção (PMGZ/ABCZ), Prêmio MPE Brasil (MBC/SEBRAE), entre outros.
Reprodutores Nelore produzidos pela Vale do Boi estão presentes nas melhores centrais de inseminação artificial do país e em exposição permanente na Fazenda.
Evento acontece neste sábado, dia 25 de maio, e colocará à venda 135 reprodutores e matrizes PO
Arquivo SRA
Evento pretende movimentar cerca de R$ 800 mil
O Shopping Vale do Boi, o primeiro evento de negócios da 45ª Exposição Agropecuária de Araguaina – EXPOARA 2013, acontecerá no próximo sábado, dia 25 de maio, na Fazenda Vale do Boi, a 27 quilômetros de Araguaina. De acordo com o organizador do evento e proprietário da fazenda, Epaminondas de Andrade, estarão disponíveis 135 reprodutores e matrizes Nelore com avaliação genética no Programa de Melhoramento Genético dos Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). “A Vale do Boi produz e oferece ao mercado um Nelore avaliado com foco em características de eficiência e produtividade”, afirmou Andrade. Em 2012, o Shopping Vale do Boi movimentou mais de R$ 600 mil. Foram vendidos todos os 130 reprodutores e matrizes Nelore PO para criadores do Pará, Maranhão, Tocantins e São Paulo. Segundo Epaminondas de Andrade, o sucesso do evento é reflexo da credibilidade da EXPOARA e da qualidade dos produtos. No mesmo dia do shopping, a Fazenda Vale do Boi vendeu o touro Kasabi VB da Vale por R$ 30 mil, um dos mais altos valores pagos por um animal Nelore no Tocantins. A Fazenda se localiza na Rodovia TO-164, município de Carmolândia-TO (norte do estado do Tocantins), próximos ao sul dos estados do Pará (PA) e Maranhão (MA). O mapa anexo mostra como chegar. A Fazenda A Vale do Boi vem produzindo e comercializando reprodutores e matrizes Nelore de alta qualidade genética há mais de 30 anos. Busca permanentemente melhorar a capacidade de seus produtos em transmitir precocidade, rusticidade, fertilidade e rendimento de carcaça, características essenciais para melhorar da rentabilidade dos rebanhos de seus clientes. O resultado do programa de melhoramento genético, da aplicação de tecnologia e modernas práticas de manejo são demonstrados através dos excelentes resultados obtidos no Sumário Nacional de Touros Raça Nelore (ABCZ/Embrapa), Certificado Especial de Produção (PMGZ/ABCZ), Prêmio MPE Brasil (MBC/SEBRAE), entre outros. Reprodutores Nelore produzidos pela Vale do Boi estão presentes nas melhores centrais de inseminação artificial do país e em exposição permanente na Fazenda.
EXPOARA 2013
Período: 30 de maio a 9 de junho
Local: Parque Dair José Lourenço
Portal do evento: www.portalsra.com.br/expoara2013
O Estado do lançou na manhã de hoje, às 10 horas, na Fazenda Vale do Boi, município de Carmolândia, em comemoração aos 16 anos sem febre Aftosa a primeira fase da campanha contra a doença neste ano, que teve como tema “Tocantins sem febre aftosa: É na raça que a gente mantém essa conquista”. Todos os bovídeos do Estado devem ser vacinados até o dia 31 de maio, totalizando mais de 8 milhões de animais.
Durante o lançamento, que contou com a presença de autoridades, foram entregues 17 caminhonetes, oriundas de parceria entre Ministério da Agricultura e Governo do Estado. Os veículos devem ser utilizados pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) para reforçar o serviço da defesa sanitária e fiscalização do rebanho. Só no município escolhido para o lançamento existem 76 propriedades rurais e 134 produtores rurais.
Mais informações na versão impressa de amanhã do Jornal do Tocantins.
Dia 20 de fevereiro a Fazenda Vale do Boi recebeu visita de produtores portugueses. Epaminondas de Andrade e sua família como de costume acolheram os visitantes e mostraram o trabalho realizado pela fazenda tanto na área de genética e manejo quanto na área de gestão e informações. A missão de 16 produtores tem como objetivo conhecer as potencialidades do Tocantins nas áreas de agricultura e pecuária para futuros investimentos.
AGROPRODUTOR
Fazenda Vale do Boi
Melhoramento genético dá lucro
Epaminondas Andrade, de Araguaína, TO.
Um dos maiores usuários do PMGZ – Programa de Melhoramento
Genético de Zebuínos da ABCZ.
Em Carmolândia (TO) está localizada uma das propriedades modelo quando o assunto é gestão rural e utilização de metodologias que possibilitam o controle mais eficaz das atividades. Trata-se da Fazenda Vale do Boi, do pecuarista Epaminondas de Andrade, com área total de 1.800 hectares. Destes, 1.500 hectares são de pasto, destinados à pecuária de corte de ciclo completo e à seleção de reprodutores e matrizes geneticamente superiores da raça Nelore (PO) em plena harmonia com o meio ambiente. O rebanho alcança cerca de 3500 cabeças, das quais 1.200 matrizes.
A história da Fazenda Vale do Boi começou após Epaminondas concluir que o futuro da pecuária de corte no Brasil estava nas regiões Centro-Oeste e Norte, o que hoje é uma realidade. Sua atividade no campo começou há pouco mais de 40 anos, em Uberaba (MG), sua terra natal, com seleção da raça Gir. Cerca de quatro anos depois, Epaminondas vendeu a fazenda de porteira fechada, inclusive com o rebanho Gir, e adquiriu outra, porém, com gado Nelore, iniciando a seleção da raça ainda em terras uberabenses.
“Pela dificuldade de trabalhar com a pecuária de corte na região do Triangulo Mineiro, pela necessidade de ter uma escala maior e também em função da valorização das terras na região, migrei para o Norte do País para adquirir terras mais baratas”, conta. Em outubro de 1983 o rebanho foi transferido para a Fazenda Vale do Boi, no município de Araguaína, norte de Goiás, e, com a divisão do estado e municípios, Carmolândia, no norte do Tocantins, próximo do sul dos Estados do Pará e Maranhão.
A fazenda é destaque nacional quando se fala em gestão rural. É totalmente adepta às metodologias que possibilitem a informatização da propriedade. “Quando era menino, fui para São Paulo, onde tive a oportunidade de concluir meus estudos e construir uma carreira. Fui até diretor em algumas empresas e trouxe essa bagagem de gestão de negócios para a pecuária. A fazenda construiu um diferencial a partir da minha vida na indústria e no comércio”, afirma o criador. No sistema de gerenciamento da Vale do Boi estão inclusas desde planilhas do inventário do rebanho até as de mapas de compra e venda, caixa e controle de custos e receitas, balanço, software Procan e de controle pluviométrico, medição realizada desde 1986 e que apresenta todo o histórico de chuva na área. Todas muito bem detalhadas e organizadas.
A lida com o gado conta a aplicação de variadas técnicas como manejo racional, rotação de pastagens, correção e adubação do solo, diversidade de gramíneas, controle de lotação e rotação. Entre as forrageiras cultivadas destacam os capins massai, tanzânia, mombaça, braquiarão, MG5 e elefante, além da grama estrela africana e a estrela roxa. “Trabalho com nível mediano a alto de tecnologia. Como faço melhoramento genético, a fazenda é toda informatizada e, em 2010, a Vale do Boi recebeu o prêmio MPE-Brasil, conferido a melhor qualidade de gestão no agronegócio no Brasil, o que tornou a fazenda reconhecida entre as melhores empresas do País, na categoria Agronegócio, pelas boas práticas de gestão adotadas”, destaca.
Epaminondas não esconde a importância de uma gestão moderna. “Para se fazer uma gestão mais eficiente, é necessário investir em ferramentas que não são tão caras para informatizar a fazenda. Basta utilizar os softwares disponíveis no mercado. O que é mais custoso é produzir uma pastagem que seja compatível com o gado geneticamente melhorado, pois quanto maior o avanço genético do gado, maior a exigência destes animais em termos de nutrição e manejo.” E por falar em genética, a Fazenda Vale do Boi foi uma das pioneiras na adesão ao PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos), da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu). Foi pioneira na comercialização de reprodutores com avaliação genética em leilões no Estado e é atualmente uma das propriedades com o maior número de animais participantes tanto na prova de CDP (Controle de Desenvolvimento Ponderal) como nas PGP (Provas de Ganho de Peso).
Propriedade é destaque no PMGZ/ABCZ em participação de animais
O rebanho também participa (e vence), frequentemente, das etapas do Circuito Boi Verde de Carcaças, organizado pela ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil). “Trouxemos todas estas técnicas para a fazenda, o que tem nos ajudado e nos destacado no cenário nacional, inclusive somos reconhecidos por tudo isso. Por exemplo, chegamos a receber uma premiação da ABCZ, em função dos nossos animais se destacarem em desempenho através do PMGZ”, detalha.
Com relação ao PMGZ, Epaminondas é um dos grandes defensores da utilização do programa, por verificar as vantagens na prática. “Tenho um desempenho muito bom na minha fazenda, baseado no programa” afirma. Para ele, modernamente é impossível desenvolver pecuária de corte ou leite sem utilizar uma ferramenta de programa de melhoramento. “O PMGZ é muito abrangente e trabalha, hoje, com quase um milhão de matrizes. A ABCZ tem um dos melhores grupos técnicos espalhados pelo Brasil, com um escritório regional nas principais cidades, e isso possibilita um desempenho considerável”, acrescenta.
Só para exemplificar, a evolução de quase 18%, de 1995 a 2009, no rebanho da Vale do Boi, em relação ao peso à desmama dos bezerros Nelore, comprova a eficiência tanto das práticas adotadas para manejo e nutrição, como também da utilização do programa de melhoramento. A cada ano a fazenda vem se destacando na superioridade genética de seus produtos, como demonstram os relatórios dos animais candidatos a CEP (Certificado Especial de Produção), do PMGZ. Só em 2012, considerando a safra de 2010, mais de 202 produtos da fazenda eram candidatos a CEP, um dos mais importantes produtos disponibilizado pelo PMGZ, certificado alia a superioridade genética do animal ao seu biotipo, baseado nas avaliações genéticas de todos os animais participantes do PMGZ.
Segundo o criador, as avaliações obtidas por meio dos programas de melhoramento estão à disposição do produtor como importante ferramenta de seleção, seja com o foco na produção de genética ou de gado comercial. “Muitos produtores trabalham há anos com seleção de gado e não utilizam essas ferramentas. Estão perdendo tempo, pois o quanto antes eles participarem desses programas, o quanto antes vão conseguir melhorar o desempenho dos seus rebanhos”, argumenta e acrescenta: “Investir em melhoramento genético é o caminho certeiro para quem está focado em atingir o ápice de desempenho do rebanho, o que resultará no aprimoramento da eficiência produtiva e consequentemente no incremento da rentabilidade.”
TATIANA FREITAS
ENVIADA ESPECIAL A BALSAS (MA), ARAGUAÍNA E PEDRO AFONSO (TO)
A poucos quilômetros de distância, duas propriedades de Carmolândia, norte do Tocantins, expõem as diferenças dos produtores do Mapitoba.
Epaminondas de Andrade, 76, é dono de uma premiada fazenda de gado nelore (Fazenda Vale do Boi). O pecuarista, que fez carreira como executivo em São Paulo, investe alto na gestão da propriedade.
“Sem genética e manejo correto do solo, não há como tornar a atividade lucrativa”, diz o pecuarista, que se mudou há 20 anos para Araguaína (TO), polo da pecuária do Mapitoba.
Ao lado de sua fazenda, João Chaves da Silva, 57, cria gado de leite, porcos e aves para subsistência. Também planta mandioca para produzir farinha.
“O preço, R$ 200 a saca, está bom. Gostaria de plantar mais mandioca, mas a terra está dura demais”, diz Silva, que é assentado pelo Incra em uma fazenda invadida em 1996.
Toda a ajuda que recebeu do governo -financiamento de R$ 15 mil- não rendeu frutos. As nove cabeças de gado compradas com os recursos morreram rapidamente. Ele não sabe, ao certo, a causa.
Com mais de 40 anos dedicados à pecuária de corte, o mineiro de Uberaba, Epaminondas de Andrade, de 76 anos, recebeu o troféu de Pecuarista do Ano entregue nesta terça-feira, na capital paulista, em reconhecimento ao seu trabalho à frente da Fazenda Vale do Boi e pelo seu esforço em buscar sempre o melhor uso de recursos humanos e tecnológicos em sua atividade.
O pecuarista, associado da ACNB, que levou sua experiência pessoal de gestor e administrador para dentro da porteira, explica que ficou surpreso com o prêmio, que “está muito satisfeito e agora vai curtir”. A Fazenda Vale do Boi, tem todo seu sistema informatizado e investe pesado em melhoramento genético da raça Nelore. Em 2010, Sr. Epaminondas foi vencedor estadual e nacional do premio SEBRAE MPE Brasil Micro e Pequenas Empresas no Agronegócio – sobre qualidade de gestão no agronegócio. Em 2011, recebeu da ABCZ um prêmio por sua contribuição ao desenvolvimento da pecuária no país.
A expedição do Rally da Pecuária 2012 deixa a lição de que dedicação, investimento em tecnologia e gestão de conhecimento influenciam positivamente na melhoria dos índices da pecuária nacional.
A Fazenda Vale do Boi está localizada no município de Carmolândia (norte do estado de Tocantins), a 27 km de Araguaína/TO, próximo ao sul dos estados do Pará (PA) e Maranhão (MA). São 1,9 mil hectares de propriedade e 3,5 mil cabeças de gado Nelore criadas a pasto, mais de 70% delas de Seleção PO.
No próximo dia 23 de outubro na sede da FIESP em São Paulo, Epaminondas de Andrade, titular da Fazenda Vale do Boi receberá homenagem de Pecuarista do Ano pela organização do Rally da Pecuária 2012.
O Rally da Pecuária 2012 é uma expedição nacional com o objetivo de avaliar, diretamente no campo, a situação atual da pecuária bovina de corte nas principais regiões produtoras do pais. Entre os dias 21 de agosto e 01 de outubro, 05 equipes rodaram 45 mil km em 09 estados (Tocantins, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás) onde estão concentrados 75% do rebanho bovino e 85% da produção de carne no pais. O Rally teve como objetivo avaliar as condições das pastagens e das fazendas de pecuária do Brasil, avaliar índices zootécnicos, qualidade do rebanho brasileiro e calibrar índices para melhorar a base estatística da atividade.
A realização do Rally esteve a cargo das consultorias Agriconsult e Bigma, patrocínio da Dow AgroScienses, Heringer Fertilizantes, Marfrig, MSD e Vale, com apoio do INPE, FIESP e Mitsubishi.
Estabelecimento é exemplo de gestão profissionalizada. Fazenda é toda informatizada, com custos extremamente controlados e planejamento de recuperação de pastagens.
Xinguara, Pará – Na busca de um melhor rendimento na atividade rural, o mineiro Epaminondas de Andrade resolveu investir na pecuária, mas totalmente voltada ao melhoramento genético dos animais, com vendas de reprodutores e matrizes de gado nelore. “Faço genética para produzir carne de melhor qualidade, que é uma tendência na pecuária brasileira”, disse o proprietário da Fazenda Vale do Boi, na cidade de Carmolândia, no interior de Tocantins.
O estabelecimento de Andrade é um exemplo de gestão profissionalizada. Apesar de a fazenda – que faz cria, recria e engorda de animais – ser gerida por ele e seus dois filhos, Paulo e Ricardo, ela é toda informatizada, com custos extremamente controlados e planejamento de recuperação de pastagens.
“Todo o melhoramento genético é da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ)”, explica o pecuarista que está há mais de 40 anos no ramo. O rebanho atual é de 3 mil cabeças de gado, sendo o giro anual de 800 cabeças/ano. Essa profissionalização vem do histórico profissional do proprietário, que antes de ter a fazenda em Tocantins, fez carreira em empresas do setor em São Paulo.
“Chegamos a trabalhar com um rebanho de 3,6 mil cabeças, mas tivemos que reduzir em virtude da crise. Estamos assustados com o que está acontecendo na pecuária. Meus clientes estão descapitalizados e as parcelas fechadas nas vendas em leilões não estão pagando nem os custos”, declarou o pecuarista. “O mercado de touros é o primeiro a sofrer o impacto. O problema é que, quando há alta, é o último a reagir. Temos uma pressão muito forte por produtividade”, completou o filho Ricardo, ressaltando que as margens da fazenda estão sendo cada vez mais apertadas, mas ainda são maiores do que estabelecimentos com rebanho comercial.
Seca
De acordo com o pecuarista, em 2010, a região onde se localiza a Fazenda Vale do Boi ficou cinco meses seguidos sem chuva. Neste ano, já se aproxima dos três meses sem precipitações. “O rio tá seco e não estamos conseguindo fazer a irrigação direito. Tem gente aqui que está vendendo gado antes do tempo, porque até tem pasto, mas os bois não têm água para beber”, informou Andrade. Ele está fazendo, por conta própria, um miniduto a partir de um lençol freático descoberto nas suas terras e há planos de outros. “Boi meu daqui a pouco não vai beber água de córregos e nem riachos”, disse. “Esse é um ótimo exemplo de sustentabilidade”, destacou o diretor da Bigma Consultoria, Maurício Palma Nogueira.
Questionado se já pensou em repassar seu conhecimento para outros pecuaristas da região, Epaminondas disse que até tenta, mas a resistência é muito grande. “O problema na pecuária é cultural. Quando falo o que faço na minha fazenda, ninguém acredita, dizem que sou louco. Por exemplo, eu cuido bem das pastagens, porque quero colher os ‘frutos’ delas o ano inteiro e não somente no período quando quero vender os animais”, declarou.
Na busca de um melhor rendimento na atividade rural, o mineiro Epaminondas de Andrade resolveu investir na pecuária, mas totalmente voltada ao melhoramento genético dos animais, com vendas de reprodutores e matrizes de gado nelore. “Faço genética para produzir carne de melhor qualidade, que é uma tendência na pecuária brasileira”, disse o proprietário da Fazenda Vale do Boi, na cidade de Carmolândia, no interior de Tocantins. O estabelecimento de Andrade é um exemplo de gestão profissionalizada. Apesar de a fazenda – que faz cria, recria e engorda de animais – ser gerida por ele e seus dois filhos, Paulo e Ricardo, ela é toda informatizada, com custos extremamente controlados e planejamento de recuperação de pastagens.
“Todo o melhoramento genético é da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ)”, explica o pecuarista que está há mais de 40 anos no ramo. O rebanho atual é de 3 mil cabeças de gado, sendo o giro anual de 800 cabeças/ano. Essa profissionalização vem do histórico profissional do proprietário, que antes de ter a fazenda em Tocantins, fez carreira em empresas do setor em São Paulo. “Chegamos a trabalhar com um rebanho de 3,6 mil cabeças, mas tivemos que reduzir em virtude da crise. Estamos assustados com o que está acontecendo na pecuária.”
“Meus clientes estão descapitalizados e as parcelas fechadas nas vendas em leilões não estão pagando os custos”, declarou o pecuarista. “O mercado de touros é o primeiro a sofrer o impacto. O problema é que, quando há alta, é o último a reagir. Temos uma pressão muito forte por produtividade”, completou o filho Ricardo, ressaltando que as margens da fazenda estão sendo cada vez mais apertadas, mas ainda são maiores do que estabelecimentos com rebanho comercial.
Produção e comercialização de reprodutores e matrizes Nelore PO melhoradores e com avaliação genética (PMGZ – ABCZ) a pasto. Carmolandia Araguaina Tocantins. Produtos ( touros, novilhas, vacas ) a venda na fazenda. Próximo aos estados do Pará, Maranhão e Goiás.