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Araguaína – TO ( Pará – PA , Maranhão – MA )

Circuito Boi Verde tem 6 mil carcaças julgadas

O 4º Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças fechou o primeiro semestre de 2006 com chave de ouro. Somaram a marca de 6.129 mil cabeças, avaliados nos quesitos idade, peso e acabamento.

Em 2006, participam do Circuito sete Estados (ES, GO, MG, MS, MT, SP e TO), além do Paraguai. A estimativa da ACNB é atingir o número de 11 mil animais abatidos/avaliados nas 20 etapas previstas.

Realizado desde 1999, os abates técnicos já avaliaram 41.050 carcaças, de 874 criatórios.

O campeonato, que busca alcançar lotes cada vez mais padronizados, utiliza a nota ponderada para as características cronologia, cobertura de gordura e peso de carcaça é multiplicada por um indice que leva em conta o número de cabeças inscritas pelo produtor. Aplicado essa equação obtem-se os vencedores da etapa.

Única competição do gênero no País, o Circuito Boi Verde visa orientar os pecuaristas quanto aos parâmetros de maior liquidez comercial vigente no Brasil. Durante a disputa, o pecuarista entra em contato direto com as práticas de produção e industrialização de carne de qualidade. O CBV permite também o mapeamento do desempenho frigorífico dos animais da raça Nelore no Brasil e países vizinhos, além de proporcionar a troca de experiências e a valorização dos pecuaristas que se destacam no programa.

Confira as 9 etapas realizadas no primeiro semestre de 2006:

1ª Etapa  Nova Andradina/MS  Frigorífico Independência  20 a 22/3

Animais inscritos: 846

Animais classificados: 846

Pecuaristas participantes: 14

Medalha de Ouro (vencedor): Geraldo Aparecido Paleari

Medalha de Prata: Antônio Russo Neto

Medalha de Bronze: Santa Verginia Agropecuária e Extrativa Ltda

2ª Etapa  Anastácio/MS  Frigorífico Independência  23 a 25/3

Animais inscritos: 909

Animais classificados: 909

Pecuaristas participantes: 24

Medalha de Ouro (vencedor): Claudine Bobato Amorim

Medalha de Prata: Edgar Costa Marques Filho

Medalha de Bronze: Marcelo dos Santos Abraão

3ª Etapa  Campo Grande/MS  Frigorífico Independência  27 a 29/3

Animais inscritos: 835

Animais classificados: 835

Pecuaristas participantes: 15

Medalha de Ouro (vencedor): Kendi Shimada & Outros

Medalha de Prata: Raimundo Victor Costa Ramos Sharp

Medalha de Bronze: Walter Vieira Junior

4ª Etapa – GO – Mozarlândia  Bertim Alimentos – 17 e 18/04
Animais inscritos: 1.296 cabeças

Animais classificados: 1.296

Medalha de Ouro (vencedor): Luiz Augusto de Macedo Franco

Medalha de Prata: Marcos Vilela Rosa

Medalha de Bronze: Marconi de Faria Castro

5ª Etapa – GO – Goiania  Goias Carne – 25 e 26/04
Animais inscritos: 770 cabeças

Animais classificados: 770

6ª Etapa – MT – Tangará da Serra – Marfrig – 09 A 12/05
Animais inscritos: 996 cabeças

Animais classificados: 956

Medalha de Ouro (vencedor): José Olavo B. Mendes

Medalha de Prata: Agropecuária A. Giansante

Medalha de Bronze: Lucia A. J. Camara

7ª Etapa – TO  Araguaiana  Frigorífico Aragotins  07 a 08/6
Animais inscritos: 162 cabeças

Animais classificados: 162

Medalha de Ouro (vencedor): Marcio Contini

Medalha de Prata: Epaminondas Andrade

Medalha de Bronze: Mara Vilela Pereira da Silva

8ª – TO – Gurupi  Frigorífico Cooperfrigu  12 a 13/6
Animais inscritos: 136

Animais classificados: 128

Medalha de Ouro (vencedor): Paulo Naves

Medalha de Prata: Paulo Amaral Vasconcelos

Medalha de Bronze: Eugênio Menuci

9ª – ES  Colatina  Frigorífico Frisa  29 a 30/6
Animais inscritos: 228

Animais classificados: 227

Medalha de Ouro (vencedor): Arthur e Angelo Arpini Coutinho

Medalha de Prata: Arthur Arpini Coutinho

Medalha de Bronze: Rubens Garcia Rodrigues

Mais Info: Abate técnico

http://www.msnoticias.com.br/?p=ler&id=199227
http://www.pecuaria.com.br/info.php?ver=829

Shopping Vale do Boi 2006 (Revista Canal Lagoa)

Nos dias 08 e 09 de abril, aconteceu em Araguaína (TO), na Fazenda Vale do Boi, de Epaminondas de Andrade, o Shopping Vale do Boi. Foram disponibilizados 100 lotes de reprodutores e matrizes Nelore.

O gerente de produto Corte/Zebu da Lagoa, Ricardo Abreu, marcou presença ao lado de André Carreira, consultor de vendas da Central na região. “A fazenda, comandada por Epaminondas e seus filhos, Ricardo e Paulo, desenvolve um trabalho de seleção referência no norte do Tocantins. Podemos observar progênies destacadas de touros já conhecidos, como Marisco, Marel e Maghaiver. Os lotes de maior liquidez foram de filhos de touros da Central”, informa Abreu.

 

http://www.lagoa.com.br/canal/upload/canalmaio06.pdf

Quando dizer adeus aos touros

Com o fim da estação de monta, é aconselhável que os touros sigam para um pasto próprio, para um merecido descanso. “Se trabalharam bem na fase de acasalamento, estarão com condições corporais demandando cuidados e merecerão mesmo alguma suplementação alimentar”, comenta o pesquisador da área de Genética Aplicada da Embrapa Gado de Corte Antônio do Nascimento Rosa.

Rosa salienta, porém, que logo após a recuperação eles devem ser avaliados. De acordo com o resultado dos exames, se comprovada alguma deficiência, devem ser substituídos no rebanho o mais rapidamente possível. A idéia é que isto seja feito cedo para aproveitar a maior facilidade de venda para animais jovens. “Para reprodução, quanto mais novo um touro, mais fácil de ser vendido ou trocado; para abate, quanto mais velho, mais difícil será conseguir um bom acabamento de carcaça”, justifica o técnico. Além disso, a rapidez no descarte evitará que se trate do animal, durante meses, para eliminá-lo nas proximidades da nova estação de monta.

Rosa elenca os quesitos a se levar em conta na avaliação dos reprodutores: libido, fertilidade, condição dos aprumos dianteiros e traseiros, conformação frigorífica e valor genético, ou seja, a capacidade de transmitir suas características à progênie.

A idade para substituição dos touros também é quesito importante, pois se evita que venham a cobrir as próprias filhas. Um animal de qualidade comprovada deve ser mantido na propriedade, porém, o criador deve tomar os devidos cuidados para evitar acasalamentos consangüíneos.

Na Fazenda Vale do Boi, em Araguaína, TO, o pecuarista Epaminondas de Andrade mantém os reprodutores, em média, por dois anos no plantel. Diz que o procedimento facilita a comercialização. Estão excluídos da regra os touros que, após esse período, geraram progênies comprovadamente superiores às de suas contemporâneas. Sobretudo no que se refere à produção de matrizes boas criadeiras. “Claro que avaliamos a performance do touro durante a monta e sua condição corporal, mas não dá pra avaliar somente no olho. Após o serviço, selecionamos nossos reprodutores em função de seu valor genético, com ênfase em habilidade materna”, explica o criador. E confirma que o procedimento acontece logo após o término da estação.

A reportagem “Quando dizer adeus aos touros” foi escrita pelo repórter Gualberto Vita para a Revista DBO, em abril de 2006
http://www.portaldbo.com.br/noticias/DetalheNoticia.aspx?notid=34895

Vale do Boi conquista ‘melhor lote de Carcaça’

Informativo Nelore Ago 2005

Etapas inéditas integram avaliações do primeiro semestre

Um desempenho impressionante. Essa é a avaliação a que se pode chegar ao analisar os resultados da terceira edição do Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças no primeiro semestre deste ano. O Circuito, iniciativa da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) em conjunto com a Tortuga Cia. Agrária e Zootécnica e associações regionais de criadores de Nelore, acumulou sucessos quantitativos e qualitativos. Além do expressivo volume – 7.713 animais inscritos em 12 etapas, contra os 5.751 animais das 13 etapas do ano passado -, foram realizadas etapas inéditas que contribuíram para aumentar ainda mais a abrangência do Circuito.

“Entre o final do mês de fevereiro e a primeira quinzena de junho, a equipe técnica da ACNB acompanhou as etapas realizadas em seis Estados brasileiros mais a etapa internacional, ocorrida em Assunção, no Paraguai”, registra Eládio Curado de Vellasco Filho, gerente de produto da ACNB. “Com as avaliações que devem acontecer nos próximos meses nessas localidades, vai ser possível estabelecer parâmetros sobre as diferenças observadas nos rebanhos em diferentes estações”.

E é exatamente o que se pretende fazer no Tocantins. Essa é a primeira edição em que são promovidas etapas no Estado e a adesão tem sido tanta, que planeja-se promover outra etapa no mês de setembro. Os resultados impressionaram. “Nossa intenção agora é obter dados sobre o desempenho do rebanho no período de seca, que está por vir, e comparar os dados com os registrados no período das águas”, comenta Nilton Cesar Marques, secretário executivo da Associação dos Criadores de Nelore de Tocantins (ACNT), parceira da ACNB na organização do Circuito Boi Verde no Estado.

Nesse primeiro semestre, as etapas do Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças abrangeu os Estados do Espírito Santo (1 etapa – 260 animais inscritos), Goiás (2 etapas – 1.815 animais inscritos), Mato Grosso (1 etapa – 702 animais inscritos), Mato Grosso do Sul (4 etapas – 3.525 animais inscritos), Minas Gerais (1 etapa – 314 animais), Tocantins (2 etapas – 666 animais inscritos), mais a etapa internacional, realizada em Assunção, no Paraguai (1 etapa – 431 animais inscritos. Vale lembrar que os dados coletados sobre desempenho dos rebanhos nas plantas de abate contribuem para identificação de regiões potenciais para venda de touros Puros de Origem (PO) selecionados. Daí a relevância de uma iniciativa abrangente como o Circuito.  Acompanhe os vencedores das etapas de Araguaiana (TO) e Colatina (ES), ainda não publicados no Informativo Nelore.

12ª Araguaina (TO) – Frigorífico Boiforte
378 animais inscritos e 12 pecuaristas participantes

Melhor Lote In Vivo Campeão: Epaminondas de Andrade
Reservado Campeão: Sandoval Lobo de Cardoso

Melhor Lote Carcaça Campeão: Epaminondas de Andrade
Reservado Campeão: Sandoval Lobo de Cardoso

Mas info: Abate Técnico – Circuito Boi Verde

Circuito Boi Verde – Abate Técnico ACNB – Araguaína Tocantins Jun/2005

Fazenda Vale do Boi com os melhores resultados no Abate Técnico, “Circuito Boi Verde” promovido pela ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil) e ACNT  (Associação dos Criadores de Nelore do Tocantins) em Araguaina Tocantins.

Dando continuidade ao trabalho de mobilização de produtores para fomentar a criação do gado Nelore e comprovar as vantagens deste animal como produtor de carne de qualidade, a Associação dos Criadores de Gado Nelore do Tocantins (ACNT) , realizou em Araguaína mais uma etapa do Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças. O evento aconteceu durante a Exposição Agropecuária de Araguaína, no mês de Junho, contanto com a participação de técnicos e criadores da região.

“Este abate vem fortalecer a produção de bovinos de corte aqui na região de Araguaína. Fortalece e motiva os criadores a entenderem que devem se adequar às normas de consumo, tanto internas como externas, produzindo animais padronizados para um melhor aproveitamento e comercialização. “ – João Batista Rezende, chefe do escritório da ABCZ e, Araguaína.

“Quando você faz um abate técnico como esse que foi feito no Tocantins, colocando vários pecuaristas avaliando os animais em termos de precocidade, idade de abate, qualidade da carcaça e grau de acabamento, você está colocando o pecuarista em contato seu mercado. Ele pode avaliar se está no caminho certo, produzindo o que realmente necessita ser produzido para atender o mercado de forma eficiente e competitiva.“ – Maurício Bassani, gerente da Tortuga TO.

“Este abate técnico traz muito beneficio para nós, produtores de carne. Ele diz quais são as diretrizes e qual carne ideal de mercado. Com isso aprimoramos a genética, qualidade de carne, qualidade de produto. É muito importante este tipo de iniciativa aqui em Araguaína.“ – Rodrigo Guerra, presidente do Sindicato Rural de Araguaína.

Na etapa do Circuito Boi Verde em Araguaína, a Fazenda Vale do Boi obteve os melhores resultados.

“Num trabalho de seleção é necessário direcionar o trabalho para um objetivo. Meu trabalho sempre foi direcionado para uma carcaça mediana com acabamento mais precoce. Animais mais equilibrados em suas dimensões tendem a ser mais precoces, não só no acabamento, mais também na fertilidade.” assinala Epaminondas de Andrade, da fazenda Vale do Boi.

Apoiada no conhecimento técnico de campo, pesquisadores e pecuaristas experientes com os abates técnicos realizados no Tocantins e os julgamentos dos animais in-vivo e de suas carcaças, a ACNT vem obtendo excelentes resultados dentro do programa de qualidade do Nelore Natural PQNN.

Mas info: Concursos de Carcaça

https://www.youtube.com/v/A60qkhLM-B4

Mais uma vez : “Melhor Lote Carcaça” – Circuito Boi Verde 14° ETAPA 2005

A Vale do boi conquistou mais uma vez o primeiro lugar “Melhor Lote Carcaça”, além do “Melhor lote In Vivo” na décima quarta etapa do Circuiro Boi Verde promovido pela ACNT (Associação dos Criadores de Nelore do Tocantins) e ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil) em Araguaína – Tocantins.

CAMPEONATO DE DESEMPENHO DA RAÇA NELORE- 2005
CIRCUITO *BOI VERDE* DE JULGAMENTO DE CARCAÇA
53° JULGAMENTO DE CARCAÇAS
14° ETAPA – TOCANTINS
FRIGORÍFICO BOIFORTE – ARAGUAINA-TO
DATA: 8 a 10/06/2005

RANKING: 1° Etapa – Melhor Lote *in vivo*
Categoria: Macho Castrado
Classif. Fornecedor N° Cab. Inscritas Nota Final Homog. Nota Final Carac. Racial Nota Final Acabamento Nota Final
CAMPEÃO EPAMINONDAS DE ANDRADE 18 x x x x
RES. CAMPEÃO SANDOVAL LOBO DE CARDOSO 36 x x x x

Fonte: ACNB / ACNT

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RANKING: 2° Etapa – Melhor Lote Carcaça
Categoria: Macho Castrado
Classif. Fornecedor N° Cab. Inscritas Descl. *in vivo* N° Cab. Classif. Nota Dente Nota Acab. Nota Peso Nota Pond. Redutor Nota Final
CAMPEÃO EPAMINONDAS DE ANDRADE 18 0 18 5,778 9,720 9,778 8,88 1,0 8.875
RES. CAMPEÃO SANDOVAL LOBO DE CARDOSO 36 0 36 4,444 9,792 9,806 8,62 1,0 8.620

Fonte: ACNB / ACNT

Missão européia visita a Vale do Boi

Diário do Senado Mar 2003

O Senador Eduardo Siqueira Campos fala da visita da missão européia na Vale do Boi

Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, desde o ano passado o nosso Estado foi reconhecido internacionalmente como uma zona efetivamente livre da área de aftosa. Isso é por demais importante para a nossa população e para os nossos produtores.

Congratulo-me com nossos produtores rurais, com sua associação e com a nossa Federação da Agricultura do Esta do do Tocantins, que é presidida pela Deputada Federal Kátia Abreu. S. Exª, recentemente, foi reeleita com a maior votação do nosso Estado, é uma grande líder rural, empresarial, e já esteve fora do nosso País representando o Estado de Tocantins quando da obtenção desse certificado de zona livre de aftosa. Agora participa, juntamente com as autoridades tocantinenses, dessas reuniões, dessas inspeções e dessas visitas que as missões européias estão fazendo no Estado do Tocantins.

A primeira reunião será em 13 de março, pela manhã, na Delegacia do Ministério da Agricultura, onde as autoridades da Adapec farão uma apresentação à missão européia. O escritório da nossa agência de defesa na cidade de Araguaína também receberá visita semelhante, dessa missão européia, na Fazenda Vale do Boi, no Município de Carmolândia, cidade que tem o nosso jóvem Prefeito Severino. Toda a região está muito ansiosa por essa visita que se dará em fazendas dos Municípios de Goiatins e Couto Magalhães. O resultado dessa visita é que o Estado do Tocantins terá todo o seu gado de corte e seus frigoríficos aprovados para a exportação de seus produtos ao Mercado Comum Europeu. Teremos ainda a visita de uma missão russa.

(veja Texto completo em PDF) (pág 4)

Tocantins agora tem mais um ETR

Revista ABCZ – Ano 2 – Nº11 – Novembro – Dezembro/2002

Araguaína abriga uma das mais novas “casas” do zebu brasileiro. Com a inauguração do escritório da ABCZ na cidade, mais agilidade no atendimento

O rebanho bovino brasileiro ultrapassou, no ano passado, as 164 milhões de cabeças. Só no estado do Tocantins, o número de animais passou a marca de 5,6 milhões. Desse total, 4,748 milhões foram destinados ao abate, o que rendeu ao estado mais de 200 mil toneladas equivalente carcaça no ano passado. Por causa dessa capacidade crescente de produção, a cada ano o investimento dos pecuaristas da região no tocante à seleção de seu gado aumenta consideravelmente.

Para impulsionar ainda mais o potencial produtivo da região, a ABCZ inaugurou no dia 11 de outubro na cidade de Araguaína, o segundo escritório técnico no estado. O outro está instalado na capital, Palmas, que, em 2001, teve um aumento de mais de 108% em registros genealógicos definitivos. No total foram 24.223 registros de zebuínos efetuados, englobando-se os de nascimento e os definitivos.

A idéia da implantação de outro ETR, agora na cidade de Araguaína, surgiu a partir de um pedido feito pelo presidente do Sindicato Rural da cidade, Ângelo Marzola, e pelo pecuarista Epaminondas de Andrade ao diretor da ABCZ João Machado Prata Júnior. Na época, João Machado participava de um dia de campo na fazenda Vale do Boi, de propriedade de Epaminondas e representava o então presidente da ABCZ Rômulo Kardec de Camargos, durante uma exposição realizada há três anos na cidade.

O escritório, que era uma reivindicação dos criadores da região, hoje é uma realidade muito bem vinda, uma vez que a pecuária no Tocantins está em franco crescimento e a região de Araguaína possui cerca de 60% do rebanho bovino do estado.

Hoje a ABCZ possui 23 escritórios técnicos regionais que cuidam de cada pedacinho do Brasil onde se desenvolve a pecuária. Para o diretor da ABCZ João Machado Prata Júnior a iniciativa tem como objetivo justamente dar um suporte técnico ainda mais rápido aos criadores de zebu do Tocantins. “Estamos interligando todos os escritórios e expandindo o atendimento. A idéia é garantir cada vez mais interatividade e maior contato com a sede”, explica.

A solenidade de inauguração do ETR contou com presenças ilustres como o secretário de Estado da Agricultura do Tocantins Nasser Yunes e o presidente do Sindicato Rural de Araguaína Ângelo Crema Marzola Júnior. Para o secretário Nasser Yunes, a iniciativa da ABCZ traduz a confiança da entidade na capacidade produtiva de seu estado. “Esse trabalho importante, desenvolvido pela ABCZ, não é apenas um suporte para dar agilidade aos negócios de nossos pecuaristas. É também uma forma de incentivo para o aumento de nossos investimentos nesse setor, que tanto tem contribuído para a rentabilidade econômica de nosso país”, disse. Yunes lembrou, também, de uma de suas iniciativas quando foi presidente do Sindicato Rural de Araguaína: a realização da primeira exposição ranqueada de nelore no estado.

Em seu discurso, o representante da ABCZ e empresário do ramo de leilões Eduardo Gomes enfa-tizou o empenho dos diretores da entidade João Machado Prata Júnior e Marco Túlio Andrade Barbosa, do membro do Conselho Consultivo da ABCZ em Tocantins Aloísio Borges Júnior e da pecuarista Virgínia Borges Adriano para a consolidação do escritório em Araguaína. Os diretores da ABCZ não puderam participar da inauguração do ETR devido a problemas técnicos durante o embarque no aeroporto de São Paulo.

http://www.abcz.org.br/site/produtos/revista/11/index.php3

Fazenda-Modelo troca de dono

Gazeta Mercantil Balanço Tocantins Set 2001

O pioneiro Epaminondas de Andrade vendeu sua fazenda Vale do Boi, em Carmolândia, na região de Araguaína, a 396 km da capital Palmas. Até outubro estará concluído o processo de transferência dos 8 mil hectares da propriedade.

Há três anos, o sócio investidor principal, Renato de Carvalho Gelli, comunicou a Epaminondas que não pretendia continuar no negócio do boi. Gelli é proprietário da rede de lojas de mobiliário que leva seu nome no Rio de Janeiro e tem uma única herdeira, que não se interessa pela pecuária.

A partir daí, mais de dez contatos com potenciais compradores, alguns deles os maiores criadores de gado do Estado, foram realizados. Ao final das negociações, 92,8% do território da fazenda – que, além da sede, tem oito casas de empregados, galpão de máquinas, escritório, estrebaria e três retiros (área de manejo de gado) – foram comprados por Leonardo José dos Santos, produtor de Araguaína.

Nos últimos 18 anos, a vida de Epaminondas, 70 anos, mineiro de Uberaba, foi toda ela dedicada a edificar a Vale do Boi. Construiu as estruturas que diferenciaram a propriedade do restante do padrão tocantinense e difundiu seu nome aos quatro ventos, levando-a a ser considerada modelo em toda a região pela alta linhagem dos animais e tecnologia de ponta utilizada na cria e engorda do rebanho.

Epaminondas montou uma fazenda com 5 mil hectares de pastagens, com grande variedade de capins (colonhão, tanzânia, mombaça, brachiarão, grama estrela e outros), dotada de 250 km de cercas e 20 km de corredores, que dividem a área de pastagem em 170 pastos com aguada (manancial próprio). Somente em estradas internas, a Vale do Boi tem 30 km. Além de contar com uma pista de pouso não pavimentada de 1 km.

Em 2000, o faturamento da fazenda foi de R$ 1,2 milhão. Metade veio da venda de parte do rebanho de corte, de propriedade de Gelli. A outra parte foi fruto da ria de nelores PO (puros de origem), efeituada por Epaminondas. Segundo ele, este ano o faturamento da fazenda irá para as alturas, mais isso decorre do processo de liquidação. “A pessoa jurídica deixará de existir, vou manter apenas a marca, administrando-a como pessoa física mesmo.”

O prazo para Epaminondas desocupar as terras recém-vendidas vai até novembro. Para ele, a mulher, dona Walkyria, dois filhos, duas noras e dois netos, o momento agora é de recomeço. É hora de construir uma nova estrutura nos retiros Nova Era, remanescente da área da Vale do Boi, construir e reformar espaços nos mil hectares da fazenda São Caetano.

Para retomar o patamar de qualidade atual de produção na área construída ao longo destes 18 anos, Epaminondas prevê aplicar R$ 1 milhão, em cindo anos, na nova propriedade. O nome para junção das áreas ainda não foi definido, mais é certo que ele continue administrando a marca Vale do Boi.

O desafio de mercado que a família enfrentará será manter o vigor da marca paralelamente ao trabalho de dotação de infra-estrutura dos 500 hectares remanescentes da fazenda original, onde está o retiro Nova Era e na área da São Caetano. As duas porções de terra estão separadas e margeiam a rodovia estadual TO-164 pelos dois lados. “Neste negócio surgiram duas vantagens: ganhei uma vitrine invejável e ficarei uns 10 km mais perto de Araguaína”, declara Epaminondas.

Ícone do Boi Verde

Gazeta Mercantil Balanço Tocantins Set 2001

Tradicionais fazendeiros viram executivos da pecuária. Caso de Epaminondas de Andrade, 70 anos, pioneiro no melhoramento genético do rabanho nelore e correção de solos para pastagens. Ele acaba de vender a célebre fazenda Vale do Boi, mas a marca fica com a família.

O que muda no negócio do boi

Entra a tecnologia de ponta e atrás dela chegam as modernas técnicas de administração

A adoção de tecnologias modernas – como a seleção genética e a reprodução assistida – está mudando a cara da pecuária tocantinense. Nessa metamorfose, o negócio da criação de gado, como um todo, também se atualiza via adoção de técnicas administrativas voltadas para a qualidade total. Os fazendeiros de antes são chamados agora de executivos pecuaristas, responsáveis, em parte, pelo atual estouro da “boiada verde”.

De fato, o rebanho estadual de bois criados a pasto, o chamado “boi verde”, está aumentando à razão de 600 mil cabeças por ano. O crescimento em 2001 é equivalente a 10.7%, se comparado com o mesmo período do ano passado. O outro fator responsável pela expansão, porém, é a perspectiva de ganhar o mercado externo.

Ainda que a recente conquista do certificado da Organização Internacional de Epizootias (OIE), de área livre de febre aftosa com vacinação, não tenha aberto automaticamente as portas para o mundo, serviu de motivação para a melhoria na qualidade do rebanho. E representou um grande alento para a indústria frigorífica.

Um caso ilustrativo das novas tendências é o do criador Epaminondas de Andrade, de 70 anos, um genuíno executivo da pecuária. Há 18 anos e meio na fazenda Vale do Boi, em Carmolândia, na região de Araguaína, ele é o pioneiro na adoção de práticas de melhoramento genético, inseminação artificial, correção de solos para pastagens e controle informatizado de todos os procedimentos das propriedades. “Com mais cindo a sete anos, Tocantins vai assumir a primeira posição na pecuária de corte do País”, diz.

Andrade cita um conjunto de fatores – condições de clima, solos, expansão da fronteira agrícola e preço da terra – como elementos indutores da melhoria de qualidade na pecuária de corte. Ele lembra que os Estados do Sudeste – ao contrário de Tocantins – estão em fase de redução do plantel, e as terras migram para a pecuária leiteira e agricultura. “Um quilo de soja tem produção mais barata do que um quilo de carne, e ambos são commodities, com a diferença que a soja é mais fácil de transportar a longas distâncias.”

Segundo ele, as terras caras do Tocantins estão cotadas a R$ 1,5 mil o hectare, justamente na região de pecuária de corte mais desenvolvida. “Soma-se a esse preço compensador o menor custo de aprendizagem do pecuarista tocantinense, que hoje tem acesso a quase toda a base de tecnologia do campo, tanto em produtos como em procedimentos.”

A última prova de ganho de peso a pasto, realizada na Vale do Boi, confirma que as expectativas de Andrade não são infundadas. Na ocasião, pecuaristas de diversas localidades do Estado deixaram seus animais, de diferentes linhagens, alimentando-se em condições idênticas e o ganho médio diário de peso nos bois foi de 850g. Ele esclarece, contudo, que o desempenho não é uma decorrência pura e simples da genética apurada, mas sobretudo das boas condições ambientais e da qualidade do pasto. “Conseguimos chegar a resultados idênticos ao dos criadores de bois em confinamento, com até 1 kg de ganho diário em alguns animais, e sabemos que com mais tecnologia e nutrição adequada isto pode melhorar mais ainda”, anima-se Andrade.