Arquivo da categoria: ABCZ

Associação Brasileira dos Criadores de Zebú (www.abcz.org.br)

Pecshow 2020: programação online leva conhecimento aos pecuaristas

Pecshow_2020
Pecshow_2020

Produtores rurais de todo o Brasil podem acompanhar pela internet um conjunto de palestras sobre melhoramento genético, mercado e pecuária sustentável esta semana. A Pecshow 2020 começa no dia 21 de outubro, as 19h (horário de Brasília), com a abertura oficial, que terá a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, além de outras autoridades. Para acompanhar o evento, basta acessar o canal “seagro tocantins” na plataforma Youtube.

A Sociedade Rural Brasileira é uma das realizadoras do evento, que é promovido pelo Governo do Estado de Tocantins, com diversos parceiros: Fazenda Vale do Boi, empresa Agrojem, Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), Associação Brasileira de Criadores Zebu (ABCZ), Organização das Cooperativas do Brasil no Tocantins (OCB/TO), Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Confira a programação completa:

    21/10 – O mercado da pecuária – 19h

  • Tereza Cristina – Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
  • Thiago Pereira Dourado – Secretário da Agricultura, Pecuária e Aquicultura
  • César Hanna Halum – Secretário Nacional de Política Agrícola

    22/10 – A importância do melhoramento genético para a qualidade da carne e do leite – 18h

  • Luiz Josahkian – Superintendente Técnico da ABCZ
  • Ricardo Andrade – pecuarista de Tocantins (Fazenda Vale do Boi)
  • Rodrigo Guerra – Superintendente Federal de Agricultura no Tocantins

    23/10 – Pecuária sustentável: o futuro da produção – 18h

  • Teresa Vendramini – Presidente da Sociedade Rural Brasileira
  • Caio Penido – Presidente do Grupo de Trabalho de Pecuária Sustentável (GTPS)
  • Danilo Figueiredo – Gerente de Pecuária Agrojem

https://www.srb.org.br/pecshow-2020-programacao-online-leva-conhecimento-aos-pecuaristas/

Touro Top ou Deca?

Iniciativa do PMGZ de classificar touros em Decas e não mais em Tops divide opiniões e reeducação do consumidor de genética parece ser a melhor saída.

(Foto: J. M. Matos)
Por Carolina Rodrigues

A mudança na metodologia de classificação dos animais participantes do Programa de Melhoramento Genético do Zebu (PMGZ) tem gerado debates frequentes, que recrudesceram em agosto, durante a Expogenética, em Uberaba, MG, quando o programa divulgou seu primeiro sumário de touros listados por Deca (de 1 a 10) e não mais por percentil (1% a 99% superiores).

Na nova classificação, o grupo Deca 1 reúne os 10% de animais que mais se destacaram nas avaliações; o Deca 2 corresponde aos 11% a 20% melhores e assim sucessivamente, até se chegar à Deca 10, que inclui os 10% pior avaliados. Com essa medida, o PMGZ hierarquizou os touros por faixas amplas. O grupo Deca 1, por exemplo, inclui 300.000 animais, ou seja, 10% de um universo de quase 3 milhões de indivíduos incluídos na base de dados da entidade.

Primeiro sumário PMGZ/Geneplus com animais classificados por Deca foi apresentado durante a Expogenética 2019.

O que isso significa na prática? Segundo produtores ouvidos por DBO, foram colocados, na mesma “gaveta”, touros com diferenças significativas de desempenho, o que tem gerado confusões. “No mês passado, realizei um leilão de 400 touros e 95% do meu catálogo era Deca 1. O problema é que, dentro desse grupo, haviam indivíduos com índice (iABCZ) 7 e outros com índice 30, ou seja, animais totalmente diferentes e que, pelo novo sistema de classificação, são iguais”, argumenta João Guilherme, dono da Fazenda Água Fria, de Xinguara, PA, que mantém 4.000 matrizes em avaliação no PMGZ. “Como explicar isso para o meu comprador?”, questiona.

Segundo o produtor, a classificação por Deca nivelou os projetos de seleção, que perderam seu diferencial. “Todos fomos colocados na mesma cesta. Criadores que fazem um melhoramento genético consistente e gente que nunca fez seleção de fato”, queixa-se João Guilherme.

Erros técnicos

A medida foi anunciada pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) em fevereiro deste ano, após a entidade constatar – com base em dados coletados a campo em todo o Brasil – que a variabilidade genética da raça Nelore estava sob risco, devido ao uso de um número restrito de touros classificados como Top 0,1%. A solução encontrada, segundo Luiz Antônio Josahkian, superintendente técnico da ABCZ, foi optar pela Deca, visando destacar um leque mais amplo de linhagens e resgatar algumas alternativas genéticas que não estavam sendo utilizadas porque não alcançavam o seleto grupo dos 0,1%.

“O Top tecnicamente está errado e seu uso comercial também está errado” – Luiz Antônio Josahkian, superintendente técnico da ABCZ.

“O conceito contém erros técnicos graves. O maior deles é eleger, como 0,1%, touros com acurácia deste tamanhinho, que, na avaliação seguinte, se mostram ruins. O Top leva à supervalorização de animais e ao uso excessivo de uma genética muitas vezes inconsciente. Tecnicamente está errado e o uso comercial também está errado”, pontua Josahkian, acrescentando que, nos últimos anos, alguns problemas funcionais foram incorporados à raça justamente por ter-se dado ao “número” tamanha força comercial.

Gilberto Honório, da Guto Assessoria, que seleciona animais para produtores em 60 leilões Brasil afora, confirma esse prognóstico. No ano passado, ele descartou 6.000 touros prontos para a venda devido a problemas relacionados à funcionalidade e caracterização racial. “É terrível o criador ter de descartar 20% de uma safra tratada, pronta, por causa desse tipo de problema. Independentemente da classificação adotada pelo programa, precisamos repensar essa situação, para ver se estamos fazendo acasalamentos adequados e como podemos minimizar erros”, avalia Guto. O assessor se diz a favor do percentil como ferramenta de seleção, mas alerta que o desempenho não deve sobrepor características essenciais e inerentes à preservação da raça Nelore. “São defeitos adquiridos, ou seja, problemas que a raça não tinha e que foram introduzidos”, diz ele.

A favor do percentil

Argeu Silveira, diretor técnico do Programa Nelore Brasil, da ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores) pensa diferente. Para ele, alterar o sistema de classificação dos animais não garante isenção de tais defeitos. “O melhoramento consiste em usar os melhores e descartar os piores, inclusive em termos de funcionalidade. Essa é a regra universal de qualquer programa, mas o que descartar é decisão de cada técnico, cada criador”, salienta.

No Seminário da ANCP, realizado em maio, na cidade de Ribeirão Preto, SP, Silveira fez uma defesa pública do percentil, comparando dois touros: um Top 0,1% e outro Top 10%, que, no caso da Deca, teriam a mesma classificação. Considerando-se apenas uma característica (peso ao sobreano) o primeiro animal imprimia à progênie 32 kg a mais e o segundo, 16,67 kg. A diferença entre ambos era de 15,34 kg.

“Deca não vai reeducar o mercado, apenas criar confusões”
Ricardo Andrade, da Fazenda Vale do Boi, em Araguaína, TO

“Vamos considerar que o touro 0,1% trabalhou cinco anos, produzindo 30 filhos por ano e forneceu 150 filhos. Ao multiplicar esse número por 15,34 kg e considerando-se o valor médio de R$ 6 por quilo de PV, tem-se uma diferença, somente para peso ao sobreano, de R$ 13.806 do touro Top 0,1% para o 10%. Se eu agregar leite e outras características a essa conta, ela fica ainda mais interessante”, argumentou Silveira. Para ele, que já ministrou 50 cursos de acasalamentos dirigidos pelo País, não se deve preconizar o uso excessivo do Top 0,1%, nem menosprezar o TOP 10%, mas é importante utilizar percentis quando se precisa estimar claramente as diferenças econômicas de um touro para outro.

Sintonia fina

Ricardo Andrade, da Fazenda Vale do Boi, com sede em Araguaína, e participante do PMGZ desde 1975, concorda. Ele tem tido dificuldade processar as informações genéticas de seu rebanho e definir acasalamentos após a mudança de Top para Deca. “É difícil escolher animais dentro dessa enorme gaveta de 10 em 10. O valor da DEP está lá, mas não sei o que aquilo representa em relação ao grupo que o animal pertence. Qual a posição dele entre os 10% melhores? O percentil define melhor o ranqueamento do animal para determinada característica. É um preciosismo sim, mas necessário para quem faz seleção”, explica Andrade, que reivindicou mudanças à equipe técnica da ABCZ nos últimos meses. “Sei que existe uma corrida para se conseguir índices cada vez mais altos e não concordo com isso. Mas classificar os animais por Deca não vai reeducar o mercado, apenas criar confusões”, lamenta o criador.

Em rebanhos como o da Vale do Boi, percentil ajuda nos acasalamentos. (Foto: Divulgação Vale do Boi)

Segundo Josahkian, a ABCZ está discutindo estratégias para minimizar esses problemas internamente, mas afirma que a Deca continuará sendo a ferramenta utilizada pelo PMGZ para se comunicar com o mercado. A seu ver, os produtores de genética não terão problemas, pois podem fazer análises detalhadas por DEPs isoladas ou em conjunto. Já o comprador de touros PO terá um universo mais amplo para escolha dos animais no mercado, com dimensionamento comercial adequado.

Para Ricardo Abreu, gerente de fomento do PMGZ, essa é a principal contribuição da Deca. “Trabalhei 21 anos ligado às centrais de inseminação e vi excelentes touros Top 2% não serem indicados, nem utilizados, em detrimento de touros Top 0,1% que não eram necessariamente os melhores para o rebanho em questão”, diz Abreu. “De 1.000 animais Nelore contratados pelas centrais, 200 fornecem 90% das 4 milhões de doses comercializadas atualmente. Agora. pergunto: e os 800 restantes? A busca frenética pelo Top 0,1% está levando o mercado a poucas opções de pedigree nas centrais, mola propulsora da genética para os diferentes criatórios por todo o País”, acrescenta.

Comunicação é fundamental

Top ou Deca são simplificações de índices genéticos, calculados com base em diferentes características de interesse econômico, como ganho de peso, precocidade, qualidade de carcaça etc, cujo peso na ponderação final é definido por cada programa de melhoramento. Fábio Dias, diretor de relações com o pecuarista da JBS, relembra as primeiras discussões sobre os índices há 20 anos, das quais participou efetivamente no início de sua carreira ainda voltada para o melhoramento genético.

Eles nasceram da necessidade de se ter regras claras e auditáveis para escolha dos 30% melhores animais da safra nos projetos de CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção), com preceito básico de comunicar ao criador o potencial genético de determinado animal em relação à sua base. Naquela época, lembra Dias, não se esperava tamanha absorção do conceito. “Se ele fez sucesso, é porque a comunicação com o produtor funcionou. E se alguém está vendendo melhor, é porque está se comunicando melhor. O sucesso do percentil tem feito, claro, o risco que ele causa”, opina Dias.

Para o zootecnista William Koury Filho,  que lida diariamente com um universo estratificado de fazendas na empresa BrasilcomZ, “ao se comunicar com o mercado por meio de dados tão precisos quanto o percentil (Top 1%) ou o permiliar ( Top 0,1%), os programas disseminaram informações que precisam de interpretação técnica para ser corretamente utilizadas”.

Fábio Dias alerta: “A unidade de medida que você usa para vender as coisas deve estar correlacionada ao progresso obtido que se tem. Vender elefante em gramas não faz sentido. Uma coisa é escolher um touro para central, decidir como utilizá-lo no acasalamento. Outra é vender touro com base na terceira casa depois da vírgula. Ninguém vê essa diferença e é até uma certa leviandade dizer que ela existe. Não se pode forçar a diferença em um processo de comunicação. Ela deve ser construída e instruída, já que nenhum índice oferece segurança para ser usado cegamente. Nenhum deles”, pontua Dias.

Juntando informações

Para resolver o problema, muitos programas de melhoramento que trabalham com Deca passaram a incorporar também o percentil ao valor absoluto de suas DEPs, nos últimos anos. Um deles é o Conexão DeltaGen, que foi criado há 40 anos e tem atualmente 63 fazendas associadas e 78.000 matrizes na base de avaliação. Há três anos, esse programa coloca as avaliações à disposição do associado com as duas informações.

“Temos clientes que falam em Deca, outros em Top 0,1%, outros que querem comprar o destaque do leilão. O perfil da pecuária no Brasil é muito amplo, não podemos desprezar nenhum tipo de comunicação já estabelecida”, afirma Rodrigo Dias, gerente técnico do DeltaGen.

Segundo ele, no programa, também existem animais Deca 1 totalmente diferentes, porque a ponderação do índice favoreceu uma característica acima da outra. “Isso não quer dizer que a avaliação está incorreta. O Deca é mais versátil, enquanto o percentil é mais preciso. Nos dois casos, precisamos entender de que tipo de cliente estamos tratando”.

Com vasta experiência na área, o médico-veterinário Fernando Velloso olha a discussão sobre outra perspectiva: “a avaliação genética é paga pelo produtor e a ele pertence; se existe, deve estar disponível para uso”. Para Velloso, que atua junto ao Promebo, Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne da Herd Book Collares, no Rio Grande do Sul, o melhoramento genético não deve ter caixa preta, precisa ser um livro de consulta pública; a reeducação do mercado passa pela transparência”.

Velloso propõe que os programas sinalizem em seus sumários quais são as características passíveis de alteração, seja em função da baixa acurácia ou da oscilação causada pela interação genótipo-ambiente. “Sabemos que algumas características, com poucos dados coletados, podem mudar à medida que a base é ampliada. Por que não divulgá- las com esse aviso ou deixar de publicá-las até que apresentem maior acurácia?”, questiona. Na sua opinião, a Deca exige maior esforço de interpretação por parte do pecuarista, que já tem baixa compreensão de genética. “Mudar a classificação não altera isso, pode apenas sobrecarregá-lo”, diz Velloso.

Revista DBO – Edição 467 – Setembro de 2019

www.portaldbo.com.br/revista-dbo-edicao-467-setembro-de-2019/

www.portaldbo.com.br/touro-top-ou-deca/

Circuito Nelore de Qualidade evidencia melhoramento genético da raça no Brasil

Melhor lote de carcaça 2019

Enquanto o Circuito Nelore de Qualidade, promovido em parceria entre a ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil) e a Friboi, avança em 2019, é possível constatar o melhoramento genético da raça. Entre os vencedores de etapas realizadas até aqui, dois deles são selecionadores tradicionais de Nelore, integrantes do PMGZ, o Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos desenvolvido pela ABCZ, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu.

Conforme divulgado pela assessoria do circuito, “Carlos Alberto Mafra Terra e Epaminondas de Andrade conquistaram a Medalha de Ouro no campeonato Melhor Lote de Carcaças de Machos respectivamente nas etapas de Redenção/PA e Araguaína/TO, do Circuito Nelore de Qualidade”.

“A Fazenda Vale do Boi, de Epaminondas Andrade, trabalha com o melhoramento genético da raça Nelore há mais de 40 anos, com foco na comercialização de matrizes e reprodutores Nelore PO avaliados pelo PMGZ. “Além disso, também produzimos animais para cria, recria e engorda. Nosso criatório figura entre os primeiros a aderir ao programa de melhoramento genético da ABCZ”, destaca o criador. De acordo com o selecionador, esse não é primeiro prêmio que a propriedade recebe. A fazenda já foi laureada outras três vezes no Circuito. “Gostamos de participar dessas avaliações porque mostra que o nosso trabalho de seleção para produção está no rumo certo”, comemora Epaminondas”, consta no comunicado.

Já na propriedade de Carlos Alberto Mafra Terra, a ferramenta faz parte de um conjunto de medidas para a seleção do Nelore. “Essa ferramenta é um grande diferencial, pois esses animais abatidos são filhos de reprodutores avaliados pelo PMGZ. Além disso, realizamos as avaliações intra rebanho, incluindo ultrassonografia de carcaça, com o intuito de sempre melhorar nossa produtividade e a qualidade da carne Nelore oferecida ao consumidor final”, disse Mafra à assessoria.

https://www.girodoboi.com.br/noticias/circuito-nelore-de-qualidade-evidencia-melhoramento-genetico-da-raca-no-brasil/

Participantes do PMGZ se destacam em etapas do Circuito Nelore de Qualidade

Dois pecuaristas participam do PMGZ, da ABCZ e estão colhendo os frutos do criterioso trabalho realizado dentro da porteira.

Epaminondas de Andrade recebendo o prêmio Melhor Lote de Carcaças de MachosCarlos Alberto Mafra Terra e Epaminondas de Andrade conquistaram a Medalha de Ouro no campeonato Melhor Lote de Carcaças de Machos respectivamente nas etapas de Redenção/PA e Araguaína/TO, do Circuito Nelore de Qualidade, ambas realizadas em unidades da Friboi. Os dois pecuaristas participam do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e estão colhendo os frutos do criterioso trabalho realizado dentro da porteira.

A Fazenda Vale do Boi, de Epaminondas Andrade, trabalha com o melhoramento genético da raça Nelore há mais de 40 anos, com foco na comercialização de matrizes e reprodutores Nelore PO avaliados pelo PMGZ. “Além disso, também produzimos animais para cria, recria e engorda. Nosso criatório figura entre os primeiros a aderir ao programa de melhoramento genético da ABCZ”, destaca o criador.

De acordo com o selecionador, esse não é primeiro prêmio que a propriedade recebe. A fazenda já foi laureada outras três vezes no Circuito. “Gostamos de participar dessas avaliações porque mostra que o nosso trabalho de seleção para produção está no rumo certo”, comemora Epaminondas.

Vencedor da etapa de Redenção (PA), Carlos Alberto Mafra Terra também ressalta a importância do PMGZ nos resultados da Agropecuária Mafra. “Essa ferramenta é um grande diferencial, pois esses animais abatidos são filhos de reprodutores avaliados pelo PMGZ. Além disso, realizamos as avaliações intra rebanho, incluindo ultrassonografia de carcaça, com o intuito de sempre melhorar nossa produtividade e a qualidade da carne Nelore oferecida ao consumidor final”, diz Mafra.

Na avaliação do presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), Nabih Amin El Aouar, os pecuaristas que participam de programas de melhoramento genético da raça Nelore estão, há muitos anos, impulsionando a qualidade da carne Nelore produzida no País. “A raça Nelore está nesse patamar de precocidade e qualidade de carne por causa dos investimentos dos produtores em selecionar touros e matrizes funcionais, que transmitam às progênies suas características genéticas de influência econômica”, conclui o presidente da ACNB.

https://opresenterural.com.br/participantes-do-pmgz-se-destacam-em-etapas-do-circuito-nelore-de-qualidade/

Vale do Boi mostra a produção de genética no cerrado, na mesa redonda da ExpoGenética 2017

ExpoGenética 2017 debate adaptabilidade do zebu

ExpoGenética 2017 debate adaptabilidade do zebu
ExpoGenética 2017 debate adaptabilidade do zebu

A realidade da seleção das raças zebuínas em diversos climas e biomas brasileiros foi o tema central da primeira mesa redonda da ExpoGenética 2017, feira que acontece de 19 a 27 de agosto, no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG. O professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM)- Campus Uberaba, Sandro Henrique Antunes Ribeiro, abordou as estratégias para se implantar um programa de melhoramento. Entre os pontos importantes nesse processo está a escolha dos touros utilizados nos acasalamentos. “O sistema de seleção deve buscar sempre animais que proporcionem os melhores ganhos econômicos dentro das condições ambientais disponíveis.”, destaca Ribeiro.

O pecuarista Epaminondas de Andrade, proprietário da Fazenda Vale do Boi, mostrou a realidade do Cerrado e como funciona seu sistema de produção de genética Nelore na região. Para garantir a produtividade do rebanho no Cerrado, investe em manejo de pastagem, qualidade da água, nutrição, fertilidade do solo e genética. Grande produtora de touros, a Vale do Boi participa do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos) desde 1992 e utiliza as ferramentas disponíveis, como, por exemplo, as tendências genéticas, na tomada de decisão relacionada ao sistema de seleção do Nelore. Há também um cuidado com a coleta de dados do rebanho para garantir da fidelidade das informações enviadas PMGZ.

Bem diferente do Cerrado, a pecuária praticada na região do Pantanal alterna momentos de seca e de cheia, provocando uma restrição alimentar ao gado. O sistema de criação extensivo predomina com base em pastagens nativas e cultivadas. Segundo o pesquisador da Embrapa Pantanal Urbano Gomes Pinto de Abreu, algumas propriedades da região já começam a adotar o Sistema de Integração Lavoura Pecuária (ILP), o que deve levar a uma procura maior por genética zebuína de qualidade.

Ao contrário dos grandes períodos de cheia do Pantanal, a região onde está inserida a Fazenda Várzea dos Gatos, em Jeremoaba/BA, convive com pouca chuva ao longo do ano. Por isso, a rusticidade e adaptabilidade da raça Nelore foi fator decisivo para a propriedade na hora de definir a raça que iria selecionar. O gerente do criatório Nelore Trindade, Otacílio José da Conceição Júnior, apresentou a realidade do Semiárido, que exige um reforço na alimentação do gado criado em pastagens adaptadas. O Nelore Trindade trabalha com um rebanho fechado da raça. Participante do PMGZ, o criatório está realizando Provas de Ganho em Peso (PGP) a pasto para identificar touros de melhor desempenho.

https://www.abcz.org.br/noticias/noticia/25534/expogenetica-2017-debate-adaptabilidade-do-zebu

ABCZ homenageia criador Epaminondas de Andrade

Homenagem ABCZ-2016-Ago
Presidente da ABCZ Luiz Claudio, Epaminondas, a esposa Walkyria e o diretor Frederico Mendes

O criador Epaminondas de Andrade recebeu homenagem da ABCZ pelo empenho em selecionar o zebu, especialmente por utilizar o PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos) como ferramenta de seleção. O agraciamento foi entregue pelo presidente da ABCZ Luiz Claudio Paranhos, juntamente com o diretor Frederico Mendes, no dia 26 de agosto, durante a ExpoGenética 2016, em Uberaba/MG.  Na placa entregue a Epaminondas de Andrade, o presidente destacou: “Ao companheiro Epaminondas de Andrade, a homenagem e o reconhecimento da ABCZ pelos quarenta e quatro anos de trabalho entusiasta e de dedicação contínua ao melhoramento genético do zebu brasileiro, no ano em que comemoramos o seu 80º aniversário e o 82º da nossa entidade”.
Epaminondas de Andrade sempre buscou a excelência em tudo o que faz. Em 1975, iniciou a seleção de nelore na Fazenda Ipanema, em Água Comprida (MG). Em 1983, transferiu seu rebanho para a Fazenda Vale do Boi, em Carmolândia (TO), e hoje dedicar-se exclusivamente à pecuária. O criatório participa ininterruptamente do PMGZ desde a década de 80 e é pioneiro nas Provas de Ganho em Peso a pasto no Tocantins. O bom desempenho no Sumário de Touros da ABCZ tem garantido a contratação de diversos de touros de seu plantel por centrais de inseminação. Em 2009, a Fazenda Vale do Boi, conquistou o 1º lugar no Prêmio Nacional de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, categoria Agronegócio, conferido pelo SEBRAE e pelo Movimento Brasil Competitivo.

Outra homenagem recebida por ele foi o Mérito ABCZ, em 2012.

https://www.abcz.org.br/noticias/noticia/24705/abcz-homenageia-criador-epaminondas-de-andrade

Um rebanho muito acima da média

Monitoramento Genético 2016Durante a Expozebu 2016 foi lançado a mais recente versão do Sistema Integrado de Avaliação Genética do PMGZ e a Fazenda Vale do Boi do criador Epaminondas de Andrade sai na frente e mostra a força de seu rebanho.
No Módulo Avançado foi criado o Monitoramento Genético, mostrando de forma gráfica a situação do rebanho em comparação com a média da raça para cada característica. Na totalidade das características avaliadas os gráficos mostram o excelente trabalho desenvolvido pela equipe da Vale do Boi, mostrando que seu rebanho esta MELHORANDO muito geneticamente.

Artesão da genética

DBO-201412_00Epaminondas de Andrade colocou sua fazenda Vale do Boi como modelo de produção de touros Nelore no Norte do País

Quando DBO desembarcou no aeroporto de Araguaína, no extremo leste do Tocantins, não imaginou que encontraria Epaminondas de Andrade com uma placa nas mãos, usando a mais antiga técnica de identificação em salas de desembarque. “Caso não me reconhecesse pela cabeça branca, saberia quem sou pelo papelzinho”, explicou, sem imaginar que era impossível não reconhecê-lo. Epaminondas de Andrade é um dos grandes nomes da pecuária de corte e referência em melhoramento genético no Norte do País.

DBO-201412_80Foi um dos primeiros a aderirem ao Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu), há quase 30 anos, e, recentemente, teve suas habilidades de gestão reconhecidas no Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas (MPE) do Sebrae, que o consagrou como referência em administração rural no País.

DBO-201412_81“Apliquei a experiência de uma vida como gestor de indústrias da porteira para dentro”, disse Epaminondas. “Optei por produzir genética Nelore. E quis fazer tudo certinho.” Aos 78 anos de idade, o criador é um dos poucos produtores brasileiros a terem o controle exato do quanto gasta para produzir touros na Fazenda Vale do Boi, onde também faz ciclo completo no município de Carmolândia, a 27 km de Araguaína.

DBO-201412_92Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) apontam que apenas 7% do rebanho nacional apresentou mudanças significativas em razão do uso de genética nos últimos anos. Deste número, é ainda menor o percentual de criadores que conseguem determinar com exatidão os gastos deste item no sistema de produção. “É muito caro produzir um animal que vai melhorar a qualidade do rebanho de outro. E, comparado ao mercado atual, que está cada vez maior, há uma lacuna no trabalho de coleta, mensuração e tabulação dos custos dentro das fazendas”, afirma Sérgio De Zen, coordenador das áreas de carnes do Cepea e responsável pelos dados divulgados na ExpoGenética, em Uberaba, MG. “Neste caso, exceções são bem-vindas.” Na Fazenda Vale do Boi, do total de R$ 1,5 milhão dos custos de produção de 2013, R$ 300.000 corresponderam ao adicional por causa da genética. “O controle de uma fazenda é fundamental para que se possa mensurar a rentabilidade do negócio escolhido”, analisa Epaminondas. “Muito pecuarista acha que balanço é caixa. Pode sobrar dinheiro na conta bancária, sem significar lucro. Você pode ter comido estoque, depreciado máquinas… É preciso estar atento.”
Veja a reportagem completa na edição impressa de DBO 410.
Fonte: Revista DBO

http://www.portaldbo.com.br/Portal/RevistaDBO/DESTAQUES/11289,,Artesao+da+genetica.aspx

Vale do Boi é destaque nas indicações do Prêmio BeefPoint

Gente do mundo do zebu é destaque nas indicações do Prêmio BeefPoint

Como em anos anteriores, vários diretores, colaboradores e associados da ABCZ que são referência no setor pecuário em todo o Brasil, integram a lista de indicados ao Prêmio BeefPoint 2014 em 15 categorias. O momento do anúncio dos vencedores acontecerá no final do primeio dia do BeefSummit que é considerado um dos maiores eventos de congregação de profissionais inseridos na cadeia produtiva da bovinocultura de corte.

O BeefSummit será nos dias 2 e 3 de dezembro, no Centro de Eventos Ribeirão Shopping, na cidade de Ribeirão Preto em São Paulo.

Além da cerimônia de premiação, após as palestras programadas para a edição, os participantes serão convidados para um coquetel com chopp tradicional da cidade e degustação de carnes especiais.

Destacamos nas categorias da lista de indicados ao Prêmio os nomes dos diretores Adaldio José de Castilho Filho (categoria Produtor de Genética) e Ronaldo Venceslau Rodrigues da Cunha (Melhor Produtor – comercialização), do colaborador Guilherme Henrique Pereira (Consultor – Profissional de Campo), da assesora de imprensa Márcia Benevenuto (Jornalista Pecuária de Corte), dos conselheiros José Luiz Nyemeier dos Santos (Sustentabilidade), Alaor José de Carvalho, Adir do Carmo Leonel e Epaminondas de Andrade (Produtor Pioneiro), além de selecionadores e especialistas que mantém estreito contato com a entidade como Fernando Penteado Cardoso, Claudio Garcia de Souza (Cláudio Totó), Dalton Dias Heringer, Eduardo Penteado Cardoso, Jairo Machado Filho, José da Rocha Cavalcanti, Claudia Tosta Junqueira, Leandro Fregonesi, Bento Carvalho Mineiro, Sérgio De Zen e Adilson Aguiar que é professor da FAZU.

https://www.abcz.org.br/noticias/noticia/23267/gente-do-mundo-do-zebu-e-destaque-nas-indicacoes-do-premio-beefpoint

Técnicos do PMGZ visitam a Vale do Boi

Ismar Carneiro e Henrique Torres Ventura com Epaminondas e Ricardo na Vale do Boi
Ismar Carneiro e Henrique Torres Ventura com Epaminondas e Ricardo na Vale do Boi

Nos dias 7 e 8 de outubro a Fazenda Vale do Boi ,do criador Epaminondas de Andrade, recebeu a visitas dos técnicos Ismar Carneiro e Henrique Torres Ventura, responsáveis pelo PMGZ (Programa de Melhoramento Genéticos de Zebuínos) da ABCZ, acompanhados também do técnico regional de Araguaína João Batista . Sr. Epaminondas e seus filhos Ricardo José e Paulo Henrique mostraram a propriedade e todo o trabalho realizado com o rebanho de Nelore PO, que é um dos pioneiros do PMGZ.

Ismar Carneiro e Henrique Torres Ventura com Epaminondas e Ricardo na Vale do BoiA visita teve como objetivo mostrar a aplicação dos conceitos das avaliações genéticas (DEPs) no dia a dia de uma propriedade de pecuária de corte, que envolve a correta leitura das avaliações com suas interpretações, acasalamentos e utilização do software para maximização dos resultados. Durante os 02 dias de visita foram levantadas varias observações para melhor aplicabilidade do programa quanto da utilização do software de busca das avaliações e acasalamentos.

Ismar Carneiro e Henrique Torres Ventura com Epaminondas e Ricardo na Vale do BoiEsse trabalho é resultado do empenho da nova diretoria da ABCZ e seu presidente Luiz Claudio Paranhos na busca de melhores resultados no melhoramento genético nas raças Zebuínas.