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Participações da Fazenda Vale do Boi nos concursos de avaliação de carcaças promovidos pela ACNB – Associação dos Criadores de Nelore do Brasil e ACNT – Associação dos Criadores de Nelore do Tocantins . O Circuito tem como objetivo mapear o desempenho frigorífico dos animais da raça Nelore, criados sob diferentes condições, no Brasil e países vizinhos, além de proporcionar a troca de experiências entre os pecuaristas.

Produtos da Vale do Boi ficam com o primeiro lugar, na primeira etapa nacional do Circuito Nelore de Qualidade

Melhor lote de carcaças de fêmeas Medalha de Ouro 2024
Melhor lote de carcaças de fêmeas Medalha de Ouro 2024

Mais um excelente resultado do trabalho de melhoramento e manejo de toda a equipe da Fazenda Vale do Boi. No primeiro abate do ano do Circuito Nelore de Qualidade de 2024, promovido pela ACNB e realizado no Friboi de Araguaína – TO, conquistou o melhor lote de carcaças de fêmeas (Medalha de Ouro).

A primeira etapa do Circuito Nelore de Qualidade 2024, que aconteceu nos dias 26 e 27 de Junho, contou com um total de 482 animais distribuídos em 10 lotes. Destes, 283 eram machos, divididos em 7 lotes, e 199 fêmeas, organizadas em 3 lotes. A competição teve como objetivo avaliar e premiar os melhores exemplares da raça Nelore, valorizando a qualidade da carne produzida.

Fêmeas Vale do Boi Circuito Nelore de Qualidade 2024
Fêmeas Vale do Boi Circuito Nelore de Qualidade 2024

Idamar Toledo, gerente da unidade da Friboi em Araguaína, nos traz os detalhes desse evento que bateu recorde de participação.

Vale do Boi premiada no Programa de Eficiência de Carcaça (PEC) da Minerva Foods

Programa de Eficiência de Carcaça (PEC) 2022
Programa de Eficiência de Carcaça (PEC) 2022

A Fazenda Vale do Boi foi uma das vencedoras do Programa de Eficiência de Carcaça (PEC), durante o evento de encerramento do programa no último dia 25 de Novembro, demonstrando a qualidade do seu rebanho , resultado do trabalho sério de seleção da fazenda.

Programa de Eficiência de Carcaça (PEC) 2022
Programa de Eficiência de Carcaça (PEC) 2022

Uma parceria da Minerva Foods com a Phibro Animal Health e Biogénesis Bagó, o programa reconhece e promove os esforços e o empenho da pecuária eficiente e busca excelência em padronização de carcaças.

Entre os quesitos, estão os parâmetros de avaliação do acabamento de gordura, maturidade, peso ao abate, pH da carne, padronização e uniformidade do lote.

Em 2022, o programa contou com 1.314 inscrições de pecuaristas parceiros da Minerva Foods, que enviaram os seus lotes para as unidades de Araguaína/TO, Janaúba/MG, José Bonifácio/SP, Mirassol D’Oeste/MT e Palmeiras de Goiás/GO.

A iniciativa promoveu a avaliação de 349.683 animais, totalizando mais de 926.961 mil bovinos ao longo das quatro edições do evento.

Sobre o Programa
O PEC atua com o objetivo de contribuir para que a pecuária brasileira atinja um novo patamar de eficiência. A partir da disseminação de boas práticas, integração dos vários elos da cadeia produtiva e apoio aos pecuaristas, o Programa incentiva os participantes a produzir mais e melhor, atendendo às necessidades da indústria frigorífica e satisfazendo as crescentes exigências dos consumidores finais.

Etapa de confinamento do ‘Zebu: Carne de Qualidade’

Após esta fase do programa, será realizado abate técnico com avaliação da qualidade da carcaça e a divulgação dos resultados na Expogenética 2021, em agosto.

Concluídos os 84 dias de avaliação, os mais de 100 exemplares da raça Nelore que participam da primeira edição do programa “Zebu: Carne de Qualidade”, mais uma vez surpreendem nos resultados da etapa de confinamento que busca proporcionar as condições de abate (peso e acabamento de carcaça).

Adobo VBV da Vale classificado superior na primeira fase do Programa Zebu Carne Qualidade com IPGP 106,2 (etapa PGP a pasto)
Adobo VBV da Vale classificado superior na primeira fase do Programa Zebu Carne Qualidade com IPGP 106,2 (etapa PGP a pasto)

Os animais foram submetidos a avaliação do consumo alimentar residual (CAR) em currais providos de cochos eletrônicos para avaliação de consumo e bebedouro eletrônico com balança de pesagem e desempenho em confinamento.

Nesta etapa, os garrotes apresentaram ganho de peso de 1,940 kg/dia enfatizando o potencial da raça Nelore para a produção intensiva de carne.

“Neste período os bovinos apresentaram consumo de matéria seca de 2,36% do peso corporal ou 12,74 kg de matéria seca por bovino/dia, conversão alimentar de 6,57 kg de matéria seca/kg de ganho de peso e eficiência alimentar bruta de 0,15 kg de ganho de peso/kg de matéria seca ingerida. Nesta avaliação 56 bovinos apresentaram CAR, ou seja, são mais eficientes na utilização de alimentos, o que representa 55,4% em relação ao grupo de animais. Isto demonstra o potencial da raça Nelore quanto a eficiência alimentar, permitindo que os programas de melhoramento utilizem esta característica dentro de suas avaliações, buscando o Nelore mais eficiente na utilização de recursos alimentares com impacto positivo na redução do custo de produção de carne”, destaca Leonardo Fernandes, pesquisador da Embrapa.

Foi realizada ainda avaliação de ultrassonografia da carcaça no final da prova e os animais apresentaram excelentes resultados.

Foi observado gordura intramuscular (IMF) de 2,44%, área de olho de lombo (AOL) de 104,42 cm2, espessura de gordura na costela (EGS) de 6,43mm e espessura de gordura na picanha (EGP) de 7,15mm. A AOL possui relação com o rendimento de carne e a composição da carcaça (relação músculo/osso). O IMF, EGS e EGP estão diretamente relacionados com a qualidade da carne.

Os resultados apresentados caracterizam carcaças de qualidade, principalmente por que ainda terão 30 dias de confinamento até o abate, melhorando estas características e ampliando a qualidade.

Para o presidente da ABCZ, Rivaldo Machado Borges Júnior, os resultados de desempenho em confinamento colocam o Zebu em lugar de destaque na pecuária intensiva brasileira. “Com o alto ganho de peso e qualidade da carcaça verificados neste trabalho, fruto de trabalho de melhoramento genético de mais de 100 anos, ininterrupto e com foco em desempenho nas condições tropicais. Conjuntamente com as avaliações de desempenho está sendo realizado também trabalho de avaliação do custo de produção no sistema proposto, e os resultados parciais indicam também eficiência econômica do sistema de produção, garantindo a sustentabilidade do processo”, destaca.

www.comprerural.com/etapa-de-confinamento-do-zebu-carne-de-qualidade

Produtos Vale do Boi Campeões No Circuito Nelore 2021 em Araguaína-TO

ACNB divulga resultados da primeira etapa do ano do campeonato de avaliação de carcaças.

Conheça os lotes que foram atração do Giro pelo Brasil desta sexta-feira, 11/06. Os animais foram enviados por fazendas no Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.

No dia 1º de junho a unidade Friboi em Araguaína TO  abriu os trabalhos do Circuito Nelore de Qualidade 2021. A etapa reuniu seis pecuaristas da região e a classificação final ficou definida da seguinte forma:

Categoria carcaças de machos:
1º lugar: Fazenda Vale do Boi, de Epaminondas de Andrade, em Carmolândia-TO;

Circuito Nelore de Qualidade: Medalha de Ouro
Circuito Nelore de Qualidade: Medalha de Ouro

2º lugar: Fazenda Mariana, de Alacide Negreiros Rodrigues, em Santa Fé do Araguaia-TO;
3º lugar: Fazenda Triunfo, de Eduardo de Vasconcelos Silva, em Governador Edison Lobão-MA.

fonte:https://www.girodoboi.com.br/videos/campeoes-do-circuito-nelore-2021-em-araguaina-to-e-os-lotes-de-11-06-2021/

Participantes do PMGZ se destacam em etapas do Circuito Nelore de Qualidade

Dois pecuaristas participam do PMGZ, da ABCZ e estão colhendo os frutos do criterioso trabalho realizado dentro da porteira.

Epaminondas de Andrade recebendo o prêmio Melhor Lote de Carcaças de MachosCarlos Alberto Mafra Terra e Epaminondas de Andrade conquistaram a Medalha de Ouro no campeonato Melhor Lote de Carcaças de Machos respectivamente nas etapas de Redenção/PA e Araguaína/TO, do Circuito Nelore de Qualidade, ambas realizadas em unidades da Friboi. Os dois pecuaristas participam do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e estão colhendo os frutos do criterioso trabalho realizado dentro da porteira.

A Fazenda Vale do Boi, de Epaminondas Andrade, trabalha com o melhoramento genético da raça Nelore há mais de 40 anos, com foco na comercialização de matrizes e reprodutores Nelore PO avaliados pelo PMGZ. “Além disso, também produzimos animais para cria, recria e engorda. Nosso criatório figura entre os primeiros a aderir ao programa de melhoramento genético da ABCZ”, destaca o criador.

De acordo com o selecionador, esse não é primeiro prêmio que a propriedade recebe. A fazenda já foi laureada outras três vezes no Circuito. “Gostamos de participar dessas avaliações porque mostra que o nosso trabalho de seleção para produção está no rumo certo”, comemora Epaminondas.

Vencedor da etapa de Redenção (PA), Carlos Alberto Mafra Terra também ressalta a importância do PMGZ nos resultados da Agropecuária Mafra. “Essa ferramenta é um grande diferencial, pois esses animais abatidos são filhos de reprodutores avaliados pelo PMGZ. Além disso, realizamos as avaliações intra rebanho, incluindo ultrassonografia de carcaça, com o intuito de sempre melhorar nossa produtividade e a qualidade da carne Nelore oferecida ao consumidor final”, diz Mafra.

Na avaliação do presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), Nabih Amin El Aouar, os pecuaristas que participam de programas de melhoramento genético da raça Nelore estão, há muitos anos, impulsionando a qualidade da carne Nelore produzida no País. “A raça Nelore está nesse patamar de precocidade e qualidade de carne por causa dos investimentos dos produtores em selecionar touros e matrizes funcionais, que transmitam às progênies suas características genéticas de influência econômica”, conclui o presidente da ACNB.

https://opresenterural.com.br/participantes-do-pmgz-se-destacam-em-etapas-do-circuito-nelore-de-qualidade/

VALE DO BOI CAMPEÃ DA ETAPA DO CIRCUITO NELORE DE QUALIDADE 2019 EM ARAGUAÍNA TO

A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), a Associação dos Criadores de Nelore do Tocantins (ACNT), a Friboi e a Matsuda Sementes e Nutrição Animal premiaram, em Araguaína (TO), os vencedores da 5ª etapa do Circuito Nelore de Qualidade, realizada nos dias 5 e 6 de junho, na unidade da Friboi do município tocantinense.

A 5ª etapa do Circuito Nelore de Qualidade 2019 avaliou 418 animais, de nove pecuaristas. Os resultados confirmam a precocidade de terminação da raça Nelore, característica determinante para a qualidade da carne e para a rentabilidade do produtor. “Entre os machos abatidos, 74,3% dos animais tinham até quatro dentes incisivo permanentes, e 87,8% dos animais foram abatidos com mais de 18 arrobas”, revela o presidente da ACNB, Nabih Amin El Aouar.

Já o presidente da ACNT, José Luiz Sanches Boteon, destaca o peso e acabamento de gordura das fêmeas: 82,5% dos animais pesaram mais de 14 arrobas e 80% apresentaram acabamento de gordura mediano e uniforme. “A etapa de Araguaína do Circuito comprovou o nosso engajamento para impulsionar a produtividade e a qualidade da carne Nelore da região”, frisa o dirigente.

O pecuarista Ricardo José de Andrade e o seu pai Epaminondas de Andrade receberam a medalha de ouro de melhor lote de carcaças de machos. Seu lote foi abatido, em média, com 20 arrobas, sendo que cerca de 90% dos animais tinham até dois dentes incisivos permanentes.

“Estamos muito satisfeitos com os resultados, porque mostram que a Fazenda Vale do Boi está no rumo certo, produzindo animais padronizados e com excelente conformação frigorífica. Aliás, o nosso rebanho é criado a pasto, com suplementação estratégica na fase de engorda”, destaca Andrade.

Além da oferta de forragem e suplementação dos animais Nelore, o produtor atribui também essa importante conquista do Circuito Nelore de Qualidade ao intenso projeto de melhoramento genético realizado há mais de 25 anos, na propriedade de Carmolândia (TO), através do PMGZ, da ABCZ.

Campeões

A medalha de ouro de melhor lote de carcaças de machos ficou com Epaminondas de Andrade. José Coimbra Filho ficou com a prata e Alacides Negreiros Rodrigues com o bronze. A premiada pelo melhor lote de carcaças de fêmeas foi Luciana Vieira Costa Saddi. Os lotes com medalha de ouro foram presenteados com 500 quilos de suplementos minerais Matsuda, a serem entregues em suas propriedades com o acompanhamento da equipe técnica da empresa.

Circuito Nelore de Qualidade

Promovido pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, o Circuito Nelore de Qualidade fortalece e promove a genética e a carne dos animais da raça, contribuindo para elevar a produtividade da pecuária nacional. Trata-se de uma iniciativa que avalia resultados obtidos pelos produtores, cada qual em sua realidade e sistema de produção.

Promovida desde 1999, neste ano a iniciativa conta com o apoio da Friboi e da Matsuda. Com isso, o Circuito aumentou de tamanho e terá 26 etapas em 10 estados em 2019. Cerca de 20 mil animais devem ser avaliados até o final do ano, chegando a uma marca recorde desde o lançamento do Circuito. Em junho, a ação passa por Redenção (PA), Araguaína (TO), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Colíder (MT).

Tocantins: O caçula que nasceu grande

Revista ABCZ nº63 julho – agosto • 2011

Pelo Brasil – Tocantins

Em um país de dimensões continentais, tudo começa grande, inclusive o mais novo dos Estados da nação. Aquele que corre para recuperar – e está conseguindo – o tempo em que ficou à sombra de um território que se desenvolveu mais ao sul. Tocantins, pouco menor que o Equador, maior que a Nova Zelândia, surgiu da preocupação do povo do norte de Goiás com o subdesenvolvimento, em função de Goiânia, a capital, estar mais ao sul e também próxima de Brasília, a nova Capital Federal. Ao invés de buscar olhares de Goiás, a região resolveu se emancipar. Por 38 anos, contando a partir de 1.950, foi muita luta, articulação política e apresentação de projetos, até que em outubro de 1.988 desabrochou no Pavilhão Nacional em forma de estrela o girassol que representa até hoje o Estado do Tocantins, instaurado oficialmente em janeiro de 1.989 como o nono maior Estado brasileiro.

O norte de Goiás ganhava vida e nome próprios, com 44% da área do antigo Estado, 139 municípios espalhados por 277,3 mil km² e povoados com 1,38 milhão de habitantes. Uma economia pautada no agronegócio em suas oito microrregiões de cerrado, campos limpos, florestas equatorial e tropical com estações bem definidas, pluviosidade de até 2.000 mm/ano e riqueza vegetal onde se destacam madeiras-de-lei e o babaçu, do qual o Tocantins é o terceiro maior produtor do país. Tudo isso banhado por rios de relevância na bacia local, a lembrar: Araguaia, Tocantins, Javaés, Maranhão, entre outros.

Desenvolvimento

O caminho do desenvolvimento apareceu com a maior aptidão do novo Estado: abrir fronteiras agrícolas que atraíssem o maior número de investidores possível, através de facilidades fiscais. As terras então “esquecidas” de outrora se tornaram agricultáveis e hoje a economia é pautada em agroexportações. Cada governo que assume, como foi o último caso do governador José Wilson Siqueira Campos, que está em seu quarto mandato, promete e consegue cumprir o plano de desenvolvimento rural como base da economia crescente. Nesse cenário, a soja, com 89% de domínio no êxodo agrícola, e a carne bovina, na pecuária, lideram as estatísticas. Metade do território tem vocação agrícola. Da área total do Estado, que beira os 28 milhões de hectares, 7,5 milhões de hectares são pastagens ocupadas por 8 milhões de cabeças de gado e 600 mil hectares formam as lavouras tocantinenses. Resta ainda 7 milhões de hectares a serem explorados. E o campo é o caminho do crescimento. A cana-de-açúcar vai ocupar boa parte dessa área, já que no estudo “Rota do Álcool” do governo do Estado existe a projeção para os próximos dez anos de instalação de 24 usinas de etanol (600 mil hectares) e 20 usinas de biodiesel (200 mil hectares).

Desde já se observa recordes batidos este ano na produção agrícola. A Secretaria de Agricultura do Estado (Seagro) divulgou crescimento de 13,3% na produção de grãos em relação à safra passada, atingindo 2,1 milhões de toneladas, dos quais praticamente a metade é soja, com destaque também para o milho. Números que crescem em área plantada e produtividade (a soja rende 3.100 kg/ha), tornando o Tocantins responsável por 46% da produção de grãos da região Norte do Brasil. Segundo agrônomos da Seagro, os fatores favoráveis aos últimos índices de crescimento foram preços estáveis, utilização de insumos e adubos mais bem planejada, sementes certificadas, clima favorável e melhoria do solo com o desenvolvimento agrícola do Estado. Isso tudo caminha com a forte vocação também pecuária de todo o Tocantins, que tem apresentado uma produtividade exemplar.

Modernidade

O Tocantins completou em maio 14 anos sem a febre aftosa, resultado de um índice de 99,52% de imunização do seu rebanho, que hoje está em 7.982.351 cabeças, segundo último censo da Agência de Defesa Agropecuária, Adapec. “Conquistamos a liberação de trânsito na extinta Zona Tampão depois de 11 anos lutando para termos uma unificação sanitária no Estado. Além disso, a arroba do boi subiu 25% e a emissão de GTA em alguns municípios superou 100% no comparativo de janeiro a março do ano passado”, escreveu no site da agência o presidente da Adapec, Geraldino Ferreira Paz. Detalhe, o Tocantins continua sua marcha com modernidade, já que as GTAs hoje são emitidas eletronicamente.

O resultado é que a pecuária evoluiu demais, com qualidade, valor agregado, responsabilidade ambiental e social, além de produtividade. Para se ter uma ideia, em janeiro de 2011 a produção de carne superou 1,6 milhão de quilos com o abate de 9,6 mil animais, números que ajudarão a suplantar este ano o total de 126 mil animais abatidos em 2010 (21,3 milhões de quilos de carne produzidos).

Fruto de investimentos bem feitos em genética e em todas as ferramentas disponíveis para consolidar no mais novo membro da nação o melhoramento genético já verificado nessas terras.

Melhoramento

A ABCZ tem dois ETRs (Escritório Técnico Regional) no Estado e acompanha de perto essa evolução. Luiz Fernando de Paula Salim, responsável pelo ETR de Palmas (o outro fica em Araguaína), informa que dos 8 milhões de animais a predominância é da raça nelore, sendo que 3 milhões são matrizes com mais de 36 meses, reforçando a produção de bezerros, ainda que em diversas regiões do Estado se faça recria e terminação.

Com base no banco de dados da ABCZ, 90% dos 35 mil registros genealógicos realizados no Tocantins são de nelore, 6% de tabapuã, como o criado pelo Grupo Terra Grande, em Paraíso do Tocantins, oeste do Estado, e 2% da raça gir. Também o brahman vem mostrando resultados como o do criatório de Rubiquinho Carvalho, em Miranorte, também a oeste.

Segundo Salim, a melhoria das condições de comercialização gerada pela Ferrovia Norte-Sul e o eixo Leste-Oeste permitiu o segundo boom de crescimento da região – o primeiro foi a própria criação do Estado do Tocantins, em 1988. “Essa condição fortalecerá ainda mais a demanda por animais mais produtivos, que proporcionem melhores taxas de desfrute na pecuária”, entende o técnico da ABCZ.

Segundo ele, o IQG (Índice de Qualificação Genética) da ABCZ no Tocantins, além de funcionar como critério de seleção porteira adentro, também é critério de comercialização fora da propriedade. “Nos leilões, os lotes mais valorizados são justamente aqueles com melhor avaliação genética”, atesta.

Seja em Gurupi, Aparecida do Rio Negro, Divinópolis, Araguaína ou qualquer outra praça pecuária, a manchete de toda criação no Tocantins é pasto. Apesar de as exposições revelarem referência genética internamente no Estado, o fruto de cada animal julgado precisa se revelar no campo. “Esse é um dos aspectos principais por aqui, todo mundo está aderindo aos programas de melhoramento genético em busca de produtividade”, completa.

Números

Hoje são muitos os pecuaristas que se utilizam da ferramenta números para atingir resultados econômicos. Um dos primeiros foi Epaminondas de Andrade, que seleciona nelore a pasto há mais de 30 anos na Fazenda Vale do Boi, em Carmolândia, norte do Estado. Ele introduziu em Tocantins o Controle de Desenvolvimento Ponderal e inaugurou em 1997 as provas de ganho de peso que incrementaram o sistema de avaliação entre os colegas locais. Ganhou algumas provas do Circuito Boi Verde, da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), e descobriu que não havia outro caminho a seguir na pecuária a não ser o de resultados. E com uma raça que dispensa justificativas para isso.

“Descobri logo no começo desse trabalho de 40 anos de pecuária que o nelore é uma raça para se produzir industrialmente”, conta. Daí começaram os estudos para tornar isso viável.

Misturando isso tudo com a estratégia de diversificar os tipos de capim oferecido ao gado nas pastagens bem irrigadas em climas bem definidos que o Tocantins proporciona naturalmente, fica fácil entender como a Fazenda Vale do Boi conseguiu se destacar na produção de tantos animais melhoradores.

Epaminondas de Andrade foi o primeiro a vender touros com exame andrológico, o que resultou em credibilidade no mercado local. Resultado: mais de 2 mil reprodutores vendidos para Tocantins e os vizinhos de Maranhão e Pará.

Os certificados que já recebeu do Sebrae e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por causa desse pioneirismo e excelência só atestam os vários touros que a empresa já colocou em centrais de inseminação artificial pelo Brasil.

http://issuu.com/revista_abcz/docs/abcz_63

Circuito Boi Verde apresenta crescimento no 1º semestre de 2010

Somente na primeira metade de 2010, o Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças já ultrapassa a marca de 4,6 mil animais avaliados em seis estados e prevê superar os próprios recordes das edições anteriores.

Ontem, uma empreitada pioneira, hoje, uma importante ferramenta para o produtor avaliar a sua eficiência de atendimento dos padrões demandados pelo mercado e de auxílio para a busca de melhor rentabilidade. Assim pode ser definido o Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças, lançado pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) em 1999. Configurado sob a forma de campeonato, a avaliação dos animais participantes tem sido utilizada como ferramenta pedagógica e indicativa das condições do rebanho nacional e das peculiaridades de cada região, visando dar subsídios para uma produção eficiente e rentável. No decorrer do tempo o campeonato ganhou força, visibilidade e respeito, sempre contando com a participação de quem realmente confia em sua proposta: os pecuaristas.

O Circuito Boi Verde já está em sua 8ª edição e no primeiro semestre deste ano apresentou um crescimento significativo. Nas nove etapas realizadas em seis estados brasileiros (ES, GO, MG, MS, MT e TO) e no Paraguai, foi registrada a participação de 4.602 animais de 93 pecuaristas (veja Box). Um número que exibe a importância do evento por todo o país e no exterior. Para este ano estão previstas mais nove etapas, com a inclusão de mais três estados. Abaixo, veja as etapas já realizadas em 2010.

Os resultados de 2010 são as primeiras mostras de como o ano está sendo positivo para o campeonato e a evolução da qualidade dos animais participantes é fruto do trabalho dos pecuaristas ao longo dos anos. O interesse dos pecuaristas em produzir carne com qualidade e que atendam o desejo do consumidor final também contribui para o sucesso da iniciativa. “Orientar os pecuaristas ao caminho certo, promover a busca pela qualidade da carne, tornar a produção mais efetiva, rápida e lucrativa. Esses são os desafios que nos propomos a vencer com o Circuito Boi Verde”, assinala Felipe Picciani, presidente da ACNB.

Uma das provas do crescimento da participação em 2010 aconteceu na etapa de Paranatinga (MT). O evento registrou um crescimento de 150% no número de animais em relação à etapa do ano passado (749 contra 298 em 2009). “A procura pelo evento aumentou muito, assim como a qualidade do gado também. Recebemos animais mais novos e com melhor acabamento de carcaça”, afirma Francisco da Silva Rondon Neto, comprador de gado do Frigorífico Marfrig, da unidade de Paranatinga.

Na opinião de Doncélio Guimarães, vencedor da etapa realizada em Araguaína (TO), o Circuito “é considerado importante por mostrar ao mercado a qualidade do nosso gado, que é criado totalmente a pasto”. Já para o pecuarista Epaminondas Andrade, proprietário da Fazenda Vale do Boi (Carmolânida/TO) e há muitos anos associado da ACNB, o campeonato tem um ponto forte. “Além de reunir os pecuaristas, temos a oportunidade de acompanhar de perto o julgamento in vivo, o abate técnico e recebermos orientações sobre como produzir carne com qualidade para atender a demanda do setor”, endossa.

Para a Nelore do Brasil crescer em quantidade é uma grande conquista, mas a qualidade está acima de qualquer critério e a cada etapa os competidores se mostram mais satisfeitos com o nível dos animais. André Bartocci, membro do Conselho Deliberativo da Nelore do Brasil e participante do Circuito Boi Verde desde 2003, esteve presente na etapa de Bataguassu (MS) e afirmou que as carcaças apresentadas tinham bom acabamento, eram precoces e estavam com pesos padronizados. “Sem dúvida, cada etapa é uma amostragem da eficiente, sustentável e moderna pecuária de pasto brasileira”, conclui.

Na ocasião a Fazenda Araçatuba (Anaurilandia/MS) foi a campeã e de acordo com Antonio de Freitas de Andrade, gerente responsável pelos abates da fazenda, o motivo da vitória é que há 20 anos a propriedade trabalha com seleção de matrizes e touros da raça Nelore, escolhendo sempre os melhores exemplares para alcançar precocidade, peso e bons índices de cobertura de gordura. “Antes de aplicarmos a seleção genética no rebanho de corte, os animais eram abatidos com cinco anos, hoje abatemos com 36 meses”, afirma Andrade.

Outra finalidade do campeonato é apresentar para o mercado as características do Nelore para produção de carne de qualidade. Fábio Porto, presidente da Associação Goiana do Nelore – AGN foi o vencedor da etapa de Anápolis (GO) e segundo ele, os resultados do campeonato comprovam o excelente desempenho da raça em relação à conversão alimentar, ganho de peso e rendimento de carcaça. “As ações de fomento da Nelore do Brasil, entre elas o Circuito Boi Verde, são de grande importância para o setor, pois incentivam o pecuarista a produzir com maior rapidez animais padronizados”, declara.

“O campeonato cumpre sua função de analisar as diferentes realidades brasileiras e classificar os melhores desempenhos do Nelore nos diversos estados e orienta os produtores sobre a importância dos lotes padronizados, em relação à raça, sexo, idade, peso e acabamento”, afirma Guilherme Alves, coordenador do Circuito Boi Verde e gerente de produto da ACNB. “Os animais que conquistam as melhores pontuações apresentam até quatro dentes incisivos permanentes (abaixo de 36 meses), peso entre 17 e 20 arrobas e cobertura de gordura de 3-6 mm de espessura sobre o contra filé”, completa Alves.

Fazendas vencedoras

Em 2010, oito fazendas sagraram-se vencedoras nas nove etapas realizadas, confira:

Parcerias

Nas etapas de 2010, o Circuito do Boi Verde contou com a participação de seis associações regionais da Rede Nacional Nelore. São elas: a Associação Capixaba dos Criadores de Nelore (ACCN), a Associação Sul-Mato-Grossense dos Criadores de Nelore (ASCN), a Associação dos Criadores de Nelore do Mato Grosso (ACNMT), a Associação dos Criadores de Nelore do Tocantins (ACNT), a Associação Goiana do Nelore (AGN), a Associação Mineira dos Criadores de Nelore (AMCN), além da Asociación Paraguaya de Criadores de Nelore (APCN).

A iniciativa também contou com os apoios da Coopers Saúde Animal, Dow AgroSciences, Riviera Tecnologia e Revista Dinheiro Rural, e dos frigoríficos Independência, Cooperfrigu, Minerva, Frisa, Marfrig, JBS Friboi e Frigomerc.

Campeonato mostra o potencial da raça Nelore em números

Desde o início dos abates técnicos, a ACNB já avaliou o total de 73.409 animais em dez estados (AC, ES, GO, MG, MS, MT, PR, RO, SP e TO). Os resultados mostram que: 66,7% destes animais apresentaram no momento do abate até quatro dentes incisivos permanentes, ou seja, se classificariam como novilho precoce, sendo que em determinadas regiões do país este índice chegou a mais de 80%. Outro índice alcançado foi que 90,7% dos animais apresentaram-se com peso acima de 16 arrobas, sendo a sua maioria com mais de 18 arrobas. No quesito terminação de carcaça, mais de 58,4% dos animais se apresentaram com gordura entre mediana ou uniforme, ou seja, de acordo com a demanda do mercado.

Estes dados validam o potencial da raça Nelore como produtora de carne em quantidade e qualidade, permitindo aos produtores praticar uma pecuária de ciclo curto, eficiente e sustentável.

http://beefworld.com.br/noticias/post/circuito-boi-verde-apresenta-crescimento-no-1-semestre-de-2010

Nelore Brasil: Fazenda Vale do Boi já participou de quatro etapas do Circuito Boi Verde

Com as experiência de quatro décadas na pecuária, Epaminondas de Andrade incentiva o uso da genética Nelore. Na Fazenda Vale do Boi ele produz e vende reprodutores e matrizes da raça. São 1.200 vacas PO produzindo totalmente a pasto. A comercialização gira em torno de 800 a 900 produtos por ano.

O pecuarista sabe da importância de participar de ações da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil), tanto que já foi até premiado por ter lotes “de peso” na hora do abate.

A Fazenda Vale do Boi, além de se dedicar à criação de Nelore PO, também participa do circuito Boi Verde. Já levou dois campeonatos em 2006 e os vice-campeonatos em 2007 e 2008. Os bons resultados no melhoramento genético garantiram carcaças de qualidade no frigorífico.

“Esta competição de qualidade de carcaça, é tudo o que mais gosto porque, coroa o meu trabalho. Mostra o que estou fazendo. Todos os companheiros que trabalham com Nelore tem que buscar participar destes concursos porque não é só ganhar um prêmio, é também uma lição profissional, é uma oportunidade para conhecer o que está faltando no nosso plantel.”, destaca Epaminondas de Andrade, pecuarista, proprietário da fazenda.

http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=11363072

Fazenda Vale do Boi já participou de quatro etapas do Circuito Boi Verde

Bons resultados no melhoramento genético garantiram carcaças de qualidade no frigorífico.

A Fazenda Vale do Boi já participou quatro vezes do Circuito Boi Verde no Estado do Tocantins. Em 2006 fez o bicampeonato e este ano levou o terceiro lugar em Araguaína

Com as experiência de quatro décadas na pecuária, Epaminondas de Andrade incentiva o uso da genética Nelore. Na Fazenda Vale do Boi ele produz e vende reprodutores e matrizes da raça. São 1.200 vacas PO produzindo totalmente a pasto. A comercialização gira em torno de 800 a 900 produtos por ano.

O pecuarista sabe da importância de participar de ações da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil), tanto que já foi até premiado por ter lotes “de peso” na hora do abate.

A Fazenda Vale do Boi, além de se dedicar à criação de Nelore PO, também participa do circuito Boi Verde. Já levou dois campeonatos em 2006 e os vice-campeonatos em 2007 e 2008. Os bons resultados no melhoramento genético garantiram carcaças de qualidade no frigorífico.

“Esta competição de qualidade de carcaça, é tudo o que mais gosto porque, coroa o meu trabalho. Mostra o que estou fazendo. Todos os companheiros que trabalham com Nelore tem que buscar participar destes concursos porque não é só ganhar um prêmio, é também uma lição profissional, é uma oportunidade para conhecer o que está faltando no nosso plantel.”, destaca Epaminondas de Andrade, pecuarista, proprietário da fazenda.

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